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O Dia em que a Tristeza Virou Hit: A Curiosa História de “Azul da Cor do Mar”


Pouca gente imagina que um dos maiores sucessos de Tim Maia nasceu justamente de um momento de profunda tristeza. Mas é exatamente essa a história por trás de “Azul da Cor do Mar”, uma canção que atravessou gerações — e que surgiu, ironicamente, quando tudo parecia dar errado para o Síndico.

No início dos anos 1970, Tim vivia uma fase complicada em São Paulo. Sem dinheiro, sem gravadora e sem reconhecimento, ele decidiu arriscar tudo e partir para o Rio de Janeiro. Lá, foi acolhido por um amigo cantor, o paraguaio Fábio — famoso na época pelo sucesso “Estela” — que o deixou morar em seu sofá em um apartamento em Botafogo.

Mesmo abrindo alguns shows do amigo, Tim Maia seguia angustiado. Enquanto não conseguia gravar e enfrentava dificuldades, do sofá ele era obrigado a ouvir Fábio no quarto, rindo, conversando e se divertindo com mulheres. Sozinho, frustrado e sem perspectiva, a sensação de fracasso pesava cada vez mais.

Foi numa dessas noites silenciosas — silenciosa apenas para ele — que a inspiração veio. Entre lágrimas e reflexões duras, Tim escreveu versos que se tornariam imortais, como: “Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri.”

E o título? Veio de um pôster pendurado bem em frente ao sofá onde dormia: a imagem de uma mulher nua à beira-mar, que despertou a ideia do “sonho todo azul, azul da cor do mar”.

O curioso final dessa história é que, um ano depois, Tim Maia finalmente conseguiu gravar seu primeiro disco. E aquela música escrita em um momento de dor — lançada no lado B — acabaria se tornando um dos maiores clássicos de sua carreira.

Um verdadeiro exemplo de como, às vezes, os maiores sucessos nascem justamente das noites mais difíceis.

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