Nesta sexta-feira, a Igreja Católica em todo o mundo celebra um dos momentos mais intensos e emocionantes do calendário litúrgico: a Sexta-feira da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É o único dia do ano em que não se celebra a Santa Missa, marcando o silêncio profundo da Igreja diante da morte de Cristo.
Um Dia de Profunda Reverência
A Sexta-feira da Paixão é marcada por três grandes pilares:
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Jejum e Abstinência
Os católicos são convidados a praticar o jejum (uma única refeição completa no dia) e a abstinência de carne, como forma de penitência e união com o sofrimento de Jesus. -
Celebração da Paixão do Senhor (às 15h, preferencialmente)
O momento central do dia é a Celebração da Paixão, que ocorre geralmente às 15h – hora simbólica da morte de Cristo.
Essa celebração possui três partes:-
Liturgia da Palavra: Leitura da Paixão segundo o Evangelho de João, com reflexões profundas sobre o sacrifício de Cristo.
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Adoração da Cruz: Os fiéis se aproximam da cruz com gestos de veneração, como beijo, toque ou inclinação, reconhecendo ali o maior símbolo da fé cristã.
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Comunhão Eucarística: Apesar de não haver Missa, os fiéis comungam com hóstias consagradas na Missa da Ceia do Senhor, na noite anterior (Quinta-feira Santa).
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Silêncio e Oração
Não há música festiva, nem badalação. O ambiente litúrgico é sóbrio, silencioso e marcado por vestes vermelhas (em referência ao martírio de Cristo). O altar permanece sem toalha, sem flores e sem velas.
Outras Tradições Populares
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Via-Sacra: Muitas comunidades realizam a Via-Sacra pelas ruas, relembrando os passos de Jesus até o Calvário.
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Encenações da Paixão: Em algumas paróquias, grupos teatrais encenam os últimos momentos da vida de Cristo, despertando emoção e fé nos fiéis.
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Procissões do Senhor Morto: Tradicional em diversas cidades do Brasil, a imagem do Cristo Morto é levada em procissão pelas ruas, acompanhada por fiéis em silêncio e oração.
A Sexta-feira da Paixão não é um dia de tristeza sem esperança. Pelo contrário: é o dia em que a dor se transforma em promessa, e a cruz, em símbolo de amor. O silêncio da Igreja é como o da mãe que chora seu Filho, mas que confia na ressurreição que se aproxima.
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