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Documento avalia desempenho do Brasil no Pisa



Os resultados do PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - (Programme for International Student Assessment - PISA), realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra como alguns desafios persistem no sistema brasileiro de educação. Em 2022, o PISA teve como foco a matemática e como novidade tivemos a inclusão do pensamento criativo, que é considerado uma das habilidades do século XXI mas seus resultados serão divulgados em 2024. Estas competências são essenciais frente às mudanças globais e em um cenário cada vez mais digital, com necessidade de maiores inovações tecnológicas e de sustentabilidade. O PISA, portanto, é uma avaliação que não verifica apenas se os estudantes conseguem reproduzir conhecimentos, mas também até que ponto eles conseguem aplicar esse conhecimento em situações diversas, tanto dentro como fora da escola. Entre os resultados divulgados nesta terça-feira 5 de dezembro podemos destacar que:


● Mesmo atravessados pela pandemia do Covid-19, o Brasil mantém uma relativa estabilidade nos resultados em matemática, leitura e ciência com ligeiras quedas de desempenho mas sem significância estatística de 2018 para 2022. No entanto, podemos observar a persistência de desafios especialmente no desempenho em matemática.


● Praticamente todos os países tiveram queda em seus resultados, em relação ao ano anterior de 2018. Apenas 38% dos 81 países que fizeram o PISA, em 2022, conseguiram pelo menos manter a nota de 2018.


● No Brasil, a maioria dos estudantes, 7 em cada 10 (ou 73%), não alcançam o nível básico de proficiência em matemática (nível 2). A média da OCDE é apenas 3 em cada 10, e em países da América Latina como Chile é de 5 em cada 10 com essa situação. Em comparação com 2012, a proporção de alunos com pontuações abaixo do nível básico de proficiência (Nível 2) aumentou cinco pontos percentuais em matemática.


● Por outro lado, um resultado interessante é que a maioria dos estudantes (72%) apontaram que os professores dão ajuda extra quando estes precisam. Como mostram outras pesquisas realizadas pelo Itaú Social em parceria com a Fundação Lemann e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o papel dos professores no período da pandemia foi essencial para manter a aprendizagem não presencial e o engajamento[1]. De modo geral, os resultados do PISA 2022 mostram que os sistemas de educação reportam menos quedas no desempenho de matemática quando contam com maior apoio dos professores. A média da OCDE é de 70% de estudantes reportando esse tipo de apoio extra.


● Em relação ao desempenho em leitura, no gráfico 1, observa-se que 50% dos estudantes não alcançam o nível 2 e em ciências é 55% dos estudantes.


● As diferenças de desempenho por gênero são acentuadas em matemática e leitura, mas de forma invertida. Em matemática os meninos têm um desempenho melhor superando as meninas em 8 pontos de diferença, enquanto em leitura as meninas tem um desempenho de 17 pontos superior. 


● O PISA também explorou a relação da família com a escola, que é considerado um fator importante de aprendizado e de resiliência durante a pandemia. No Brasil, 80% dos estudantes, seus pais ou responsáveis receberam informações pelo menos uma vez por mês sobre a aprendizagem e 61% indicaram que suas famílias realizam perguntas sobre suas atividades cotidianas na escola. A média de países da OCDE é de 65% e 77% respectivamente em cada pergunta.


● Sobre o sentido de pertencimento e satisfação com a vida, fatores para uma adequada saúde mental, mostram que 76% dos estudantes sentem pertencimento à escola, mas 27% relataram sentir-se sozinhos na escola. A média para a OCDE é de 75% e 16% respectivamente.


● Sistemas educacionais que mantiveram seu desempenho acadêmico depois da pandemia e que melhoraram o sentido de pertencimento dos estudantes na escola foram aqueles que tiveram menor tempo de fechamento de escolas, em torno de três meses. O Brasil teve 279 dias fechados e problemas de saúde mental nos estudantes continua sendo um desafio apontado por outras pesquisas nacionais realizadas pelo Itaú Social e a UNDIME.


Confira a nota completa no link

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