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Liberdade, Liberdade da Rede Globo exibirá primeira relação sexual entre dois homens em uma novela

Ricardo Pereira (Tolentino) com Caio Blat (André) em cena


A Globo exibe no próximo dia 12 a primeira cena de sexo entre dois homens na história da telenovela brasileira. Os protagonistas serão os atores Ricardo Pereira e Caio Blat, que interpretam, respectivamente, Tolentino e André em Liberdade Liberdade, novela das onze. A cena, já escrita pelo autor Mario Teixeira, foi liberada pela direção da Globo. Irá ao ar numa terça-feira, depois das 23h. A sequência não terá sexo explícito, mas será muito intensa, com beijo na boca. O roteiro pede "um beijo represado, afoito, desesperado, angustiado". Em seguida, Tolentino "tira a camisa. André engole em seco. Tolentino o empurra para a cama. André cai sentado. Começam a transar. Uma transa urgente, adiada, bruta e tão ansiada", escreveu Teixeira. A primeira relação sexual entre dois homens completará um ciclo que começou com o primeiro beijo gay, na novela Amor à Vida, em janeiro de 2014, e continuou com sexo entre duas mulheres na minissérie Felizes para Sempre? (2015), estrelada por Paolla Oliveira e Maria Fernanda Cândido. Maria Immacolata Vassallo de Lopes, coordenadora do Centro de Estudos de Telenovela da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo), diz que a transa homossexual de Liberdade, Liberdade representa um avanço na abordagem ao tema. "É um fato inédito. Vejo como uma conquista, lembrando que no passado o beijo gay foi censurado. 

A Gloria Perez relatou que tinha escrito um beijo entre dois homens em América (2005), que foi cortado. As novelas estão avançando no tema. O horário da trama, o atual momento social, é tudo oportuno". A especialista, que acompanha a evolução das relações homoafetivas nas novelas, afirma que foi um marco na história a audiência torcer pelo beijo entre Félix (Mateus Solano) e Nico (Thiago Fragoso) no final de Amor à Vida. Liberdade, Liberdade irá além. Os personagens de Ricardo Pereira e Caio Blat estarão atormentados com a atração e o amor que se sentem um pelo outro na trama, que se passa em 1808. A homossexualidade era chamada de sodomia e classificada como crime de lesa-majestade, cuja punição era a morte na forca. A amizade entre o coronel Tolentino e o fidalgo afeminado André foi crescendo aos poucos desde a segunda semana do mês de maio. Os dois já protagonizaram algumas cenas de afeto que indicavam que um beijo iria acontecer, mas sempre havia algo os interrompia. No capítulo do dia 12, mais uma vez, Tolentino tentará resistir, mas tomará a iniciativa do sexo após um beijo intenso. O autor Mario Teixeira escreveu acontecimentos fortes que levarão ao momento de entrega entre os dois. Tolentino fracassará em uma busca a presos foragidos e será humilhado por Rubião (Mateus Solano). André não permitirá que ele se deprima e será extremamente carinhoso. O coronel reconhecerá que o filho de Raposo (Dalton Vigh) é um homem especial em sua vida, gerando um clima. 

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