(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O lançamento de um novo sistema operacional, especialmente quando ele
 é produzido pela Microsoft, sempre traz uma grande dose de polêmica. 
Afinal, a sensação que fica é a de que o ambiente a que estamos 
acostumados está desatualizado e nunca mais vai receber novidades 
realmente interessantes.
Hoje em dia, quem usa o Windows passa por um desses momentos. O lançamento oficial do Windows 8 Consumer Preview
 inicia a contagem regressiva para o fim da versão 7 da plataforma — 
sensação que nem a afirmação de que o antigo produto vai contar com 
suporte oficial até 2020 ajuda a eliminar.
Mas, afinal, vale a pena aceitar desde já que a mudança é inevitável e
 abraçar de vez a novidade ou uma decisão do tipo ainda não é 
recomendada? Passamos um tempo com a versão de testes do Windows 8 e, 
neste artigo, apresentamos os motivos que devem ser considerados antes 
de migrar para a nova plataforma.
Mudança de paradigma
Por mais que a ideia seja estranha, uma pessoa acostumada ao Windows 7
 que fosse forçada a usar a versão 95 não teria muitos problemas em se 
adaptar ao sistema operacional. Mesmo que certas opções funcionassem de 
forma diferente e alguns recursos nem sequer existissem, o fato de ambos
 os produtos compartilharem a mesma estrutura básica não tornaria muito 
complicado o processo de adaptação.

O saudoso Windows 95 (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
A mesma situação não acontece quando se compara qualquer produto da 
Microsoft com o Windows 8. A interface Metro representa uma mudança 
radical de direção, deixando de lado muitos elementos consagrados, como 
as barra de título, janelas com tamanho configurável e até mesmo o tradicional botão Iniciar.
A estranheza inicial ao software é inevitável, mesmo para quem domina
 as funções consideradas complexas de todos os produtos já lançados pela
 companhia. Não precisar fechar nenhum aplicativo e depender das bordas 
da tela para trocar entre tarefas exige certa adaptação, especialmente 
de quem está acostumado a usar a combinação mouse e teclado.
Um sistema dentro do outro
Algo que fica claro no Windows 8 é que a Microsoft estava ciente de 
que o novo produto ia provocar choque entre os consumidores. Até por 
isso, a empresa garantiu que todo o Windows 7 estava dentro do SO, com 
direito a algumas melhorias de interface e aprimoramento de 
funcionalidades.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Essa situação não é exatamente nova, já que a empresa faz exatamente a
 mesma coisa desde que o sucessor de seu primeiro sistema operacional 
chegou ao mercado. Como cada novo software é construído tomando como 
base o que foi feito antes, a retrocompatibilidade de dispositivos e 
aplicativos é garantida — situação que ajuda muitos consumidores a 
decidir por uma atualização.
O problema que fica claro com a versão Consumer Preview é que há 
muita disparidade entre o novo método de usar o Windows e o antigo. A 
interface Metro é muito diferente da anterior, e há certa sensação de 
desconforto quando uma mudança de ambiente é necessária.
Especialmente quando se usa o sistema operacional em um PC 
convencional, mudar entre o visual reformulado e o antigo desktop é uma 
tarefa estranha, que se torna ainda pior por ser extremamente 
necessária. O fato de que os elementos antigos não se encaixam da 
maneira mais adequada no ambiente atualizado só deixa ainda mais forte a
 impressão de que o SO antigo simplesmente foi “encaixado” dentro do 
novo para evitar reclamações.
Foco nos tablets
O principal problema do Windows 8, especialmente para quem usa um 
computador convencional, é seu foco em sistemas baseados no toque. 
Embora a plataforma se adapte sem problemas a um tablet, o produto não 
atinge todo o seu potencial quando é preciso usar mouse e teclado, mesmo
 com os ajustes feitos pela Microsoft.
 (Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)
Esse é o principal obstáculo que a empresa terá de superar para não 
ter um novo Windows Vista nas mãos. Usar a interface Metro através dos 
meios de interação convencionais não é exatamente um sofrimento, mas 
fica claro que essa não é a forma ideal de navegar pelo ambiente.
Embora a tendência seja que a maioria dos dispositivos do futuro se 
torne compatível com a tecnologia touchscreen, isso ainda está longe de 
se tornar uma regra. Isso faz com que a companhia corra um sério risco, 
especialmente caso sua empreitada no mundo dos tablets não seja forte o 
bastante para afetar o reinado da Apple e seu iPad.
Uma troca é indispensável?
Devido aos motivos apresentados, é fácil chegar à conclusão de que, 
embora o Windows 8 seja um sistema competente, um upgrade está longe de 
ser necessário. Particularmente para quem usa desktops, o sistema 
operacional sofre de certa “esquizofrenia” causada pela separação entre 
interface Metro e a função Desktop.
 
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
A não ser que a Microsoft realize alterações substanciais na forma 
como essa mudança constante entre ambientes é realizada, dificilmente o 
produto conquistará nos computadores tradicionais o mesmo sucesso obtido
 pelo Windows 7. Nos tablets e dispositivos portáteis, a história parece
 que vai ser diferente — porém, não se pode subestimar o grande desafio 
que a Apple vai representar no segmento.
A melhor forma de decidir se a troca vale a pena ou não é instalar a 
versão Consumer Preview, de preferência em dual boot, e testar por si 
próprio a novidade. Ou esperar pelo lançamento final e conferir se a 
Microsoft preparou alguma grande surpresa capaz de tornar mais fácil o 
trabalho de quem ainda depende da combinação mouse e teclado.
Fonte: Baixaki/Tecmundo
Fonte: Baixaki/Tecmundo





















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