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A Figura de Jesus em Diferentes Crenças: De Messias Não Reconhecido a Mestre Espiritual e Deus Encarnado


O vídeo do canal Teologia Ilustrada, intitulado "Quem é Jesus segundo cada religião?", apresenta um panorama fascinante sobre como uma das figuras mais influentes da história mundial é vista através das lentes de diversas fés. A análise revela que, para a maioria das tradições, Jesus é um personagem de grande relevância, mas sua natureza e papel na salvação divergem radicalmente.

Abaixo, um resumo das diferentes visões apresentadas:

1. Judaísmo: Um Rabino Incompreendido

Para o judaísmo, Jesus não é reconhecido como o Messias esperado. A tradição judaica prevê um líder descendente de Davi que restauraria o reino de Israel, traria paz e reconstruiria o Templo de Jerusalém. Como Jesus foi executado pelos romanos e as transformações messiânicas não se concretizaram, os judeus entendem que ele não poderia ser o prometido.

Além disso, a ideia cristã de que o Messias é o próprio Deus encarnado é vista como incompatível com o monoteísmo judaico, que prega um Deus absolutamente uno, indivisível e sem forma humana. Historicamente, Jesus é classificado como um falso Messias, um enganador, ou no máximo, um rabino incompreendido

2. Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons): O Irmão de Lúcifer

A teologia Mórmon apresenta um Jesus diferente do conceito cristão tradicional. Segundo o vídeo, Jesus não é o Deus eterno e autoexistente. Ele foi gerado como um filho espiritual de Deus Pai e de uma Mãe Celestial, sendo o primeiro de inúmeros filhos espirituais, entre os quais estaria também Lúcifer—o que faria de Jesus e Satanás irmãos.

Os Mórmons ensinam que Jesus se tornou Deus por meio da obediência perfeita e exaltação, ou seja, por mérito, e não por natureza. Sua morte na cruz é relevante, mas o sofrimento no Jardim do Getsêmani é tido como o momento mais importante da redenção. Eles também creem que, após a ressurreição, Jesus viajou e apareceu a povos nas Américas.

3. Budismo: Um Grande Mestre Espiritual

No budismo, Jesus não morreu para perdoar pecados, pois o conceito cristão de pecado não existe. A causa do sofrimento humano é atribuída à ignorância e ao apego, que prendem o indivíduo ao ciclo de reencarnações.

A visão mais comum é que Jesus foi um grande mestre espiritual, um homem iluminado que viveu valores semelhantes aos ensinamentos de Buda, como compaixão e humildade. Apesar do respeito, o budismo não o reconhece como Deus ou Salvador, colocando-o na mesma prateleira de outros líderes morais como Buda, Gandhi ou Confúcio.

4. Hinduísmo: Uma Manifestação do Divino

Devido à antiguidade e pluralidade do hinduísmo, não há uma doutrina oficial única sobre Jesus. A visão mais popular é que ele foi um guru iluminado, um mestre que alcançou um alto nível de consciência divina.

Algumas vertentes o colocam como uma encarnação (avatar) ou manifestação de Deus, ao lado de Krishna ou Shiva, mas sem ser o único Deus, encaixando-o na visão de multiplicidade. Outros o veem como um exemplo de alguém que despertou a "centelha divina" que todos os seres humanos possuem.

5. Islã: Isa, o Profeta

No Islã, Jesus é chamado de Isa e é reconhecido como um dos maiores profetas enviados por Deus (Alá). Ele é tido como nascido de uma virgem (Maria) por um milagre direto da vontade divina. O Alcorão atribui a Isa diversos milagres, mas sempre enfatizando que estes são atos concedidos por Deus, e não expressões de sua divindade pessoal.

O Islã afirma categoricamente que Jesus não é Deus, não é filho de Deus e não partilha da essência divina, pois Alá é absolutamente único e transcendente. Uma das diferenças centrais é que o Islã ensina que Jesus não foi crucificado: Deus teria protegido Seu profeta e levado-o vivo aos céus.. Isa retornará como servo de Deus, confirmará o Islã e, por fim, morrerá como um homem comum.

6. Testemunhas de Jeová: A Primeira Criação de Jeová

Para as Testemunhas de Jeová, Jesus não é Deus, mas sim a primeira criatura gerada por Jeová. Antes de vir à Terra, ele teria sido o Arcanjo Miguel no céu.

Eles ensinam que Jesus morreu em uma estaca, e não na cruz, e que sua ressurreição ocorreu apenas como espírito, sem corpo físico. Ele é um mediador subordinado e inferior; apenas Jeová deve ser adorado.

7. Nova Era: O Exemplo do Cristo Interior

A Nova Era oferece uma visão "energética, mística e universal" de Jesus. Ele não é o Filho de Deus, mas um mestre evoluído que alcançou um nível espiritual elevadíssimo, vindo para ensinar a humanidade a fazer o mesmo.

O vídeo explica que, nessa visão, a missão de Jesus foi mostrar como despertar o chamado "Cristo interior" que todos possuem, tornando-o um exemplo do que o ser humano pode se tornar, e não o Salvador. Este Jesus moldado para agradar a todos não confronta, não exige arrependimento e jamais fala sobre juízo.

8. Cristianismo: O Próprio Deus Encarnado

Para o cristianismo, Jesus não é apenas um profeta, sábio ou mestre. Ele é o próprio Deus que se fez homem, o "Filho de Deus".

A fé cristã ensina que Jesus nasceu de uma virgem, viveu sem pecado e morreu voluntariamente na cruz como o Cordeiro de Deus, oferecendo sua vida em sacrifício pelos pecados do mundo. O ponto central da fé é a ressurreição física de Jesus no terceiro dia, o que prova que ele é exatamente quem afirmou ser. O cristianismo se resume na afirmação de Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". A fé segue um Rei vivo, que está em um trono, e não em um túmulo.

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