Evento gratuito ocorre neste sábado (26/7) e domingo (27/7), na Torre Malakoff, com shows, feira criativa e oficinas
O Festival Cena Brasil chega à sua 26ª edição prestando homenagem a oito mulheres pernambucanas que marcaram a cultura e a comunicação do estado. Pela primeira vez no Bairro do Recife, o evento será realizado neste sábado (26) e domingo (27), e vai ocupar a Torre Malakoff e a Pra;a do Arsenal, com programação gratuita reunindo música, feira de empreendedorismo negro e atividades formativas, gratuitamente, para moradores, turistas e visitantes.
Serão reverenciadas Índia Morena, atriz, diretora e uma das referências do teatro pernambucano; Vera Barone, cantora e compositora reconhecida por seu trabalho nas artes visuais e na música popular; Zenaide Bezerra, radialista e voz marcante das rádios comunitárias; e Bianka Carvalho, jornalista da TV Globo com trajetória dedicada à cobertura das periferias e das pautas de direitos humanos. Todas elas reconhecidas por suas trajetórias na arte, na militância e no fortalecimento das tradições afro-brasileiras. As homenagens integram vídeos, apresentações e falas ao longo dos dois dias de festival.
O tributo também contempla, in memoriam, Dona Elda Viana, liderança comunitária e defensora da cultura popular; Katarina Real, pesquisadora pioneira no estudo das manifestações culturais afro-brasileiras; Marta Almeida, ativista dos direitos das mulheres e figura de resistência; e Selma do Coco, cantora e mestra de coco de roda, guardiã de uma das mais importantes tradições do estado.
“Esta edição é um reconhecimento às mulheres negras que abriram caminhos e deixaram um legado de resistência e criação. Celebrá-las é reafirmar que suas vozes permanecem vivas na cultura pernambucana”, afirma Viviane Alves, produtora do evento.
Com o tema “Mulheres em Cena”, o festival também destaca artistas que dialogam com a ancestralidade e a contemporaneidade. No sábado (26), sobem ao palco Dani Carmesim, Brié, Rogéria Dera e Gangga Barreto. No domingo (27), a programação traz a Orquestra Inclusiva, composta por músicos com deficiência, além de Bloco Obirin, Luana Tavares, Semente Maraca e Voz Nagô.
“É um encontro de gerações e de sonoridades que têm o mesmo ponto de partida: a memória e a força da mulher negra”, define Roseane Alves, da curadoria.
Além dos shows, o Cena Brasil promove a Feira das Mulheres Pretas, com produtos de moda, gastronomia e artesanato de empreendedoras negras, e oficinas como a de Musicografia Braile. A série “Mulheres em Cena – Protagonistas do seu Tempo” será exibida como parte das homenagens.
“É um festival que traz Ogum abrindo caminhos, Oxum adoçando os afetos, Iansã soprando mudanças. Tudo com o axé de mulheres que se recusam a ser coadjuvantes”, resume o idealizador Edilton Euclides.
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