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Governo de Pernambuco anuncia instalação de terminal de gás em Suape no valor de R$ 2 bilhões


O novo Terminal Regás será explorado pela holding brasileira OnCorp, em parceria com a multinacional Shell. A iniciativa dará maior competitividade comercial ao Estado. Parte das operações já começa na próxima- semana


O governador Paulo Câmara anunciou, nesta sexta-feira (16.12), durante solenidade no Palácio do Campo das Princesas, a instalação de um Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL), no Porto de Suape. Com investimentos de R$ 2 bilhões, a iniciativa vai gerar 240 empregos durante a operação do empreendimento, mais conhecido como Regás. A holding brasileira OnCorp, presente nos mercados do Brasil e da Argentina, cuja atuação está voltada para o setor de produção e serviços de geração de energia, foi a vencedora do processo de seleção e arrendou o Cais de Múltiplos Usos (CMU), que passará a funcionar, exclusivamente, para esse tipo de operação.

A operação do terminal contará com a participação da Shell, multinacional do setor de óleo e gás. Uma das primeiras companhias a receber o gás da Shell, via Terminal de Regás, será a Termopernambuco, termoelétrica de 498 MW, vencedora de Leilão de Reserva de Capacidade de 2021.O CMU está localizado na área do porto organizado. Ao longo das obras de instalação, serão criados centenas de empregos temporários.

“Esse novo terminal vai possibilitar que o gás chegue a mais regiões do Estado, realizando um incremento na produção. São quase 11 milhões de metros cúbicos que poderão ser disponibilizados, por dia, na nossa rede. Isso vai possibilitar expansões de negócio de energia, podendo chegar na região do Sertão do Araripe, onde temos o maior polo gesseiro do Brasil”, enfatizou Paulo Câmara.

Para o diretor-presidente de Suape, Francisco Martins, o Regás dará maior competitividade comercial a Pernambuco, garantindo mais opções às indústrias e outros setores da cadeia produtiva. “Com o novo empreendimento, teremos um player privado fazendo a regaseificação em Suape e oferecendo o produto para o mercado, trazendo economia nos custos de produção e, consequentemente, redução de preços para os consumidores”, afirmou Francisco Martins.

De acordo com o diretor-executivo da OnCorp, João Mattos, a posição geográfica do Porto foi um grande definidor para a instalação do Terminal em Pernambuco. “Para você conseguir, a partir de Pernambuco, fornecer para outros estados do Nordeste se torna um atrativo muito interessante. Outro fator importante é a vocação do Porto de Suape, que tem um grande polo industrial dentro da própria planta, onde você não encontra isso com facilidade em outros portos brasileiros”, complementou João Mattos.

Com o Regás, o Complexo Industrial do Porto de Suape encerra 2022 com o anúncio de uma série de grandes empreendimentos estratégicos confirmados para Pernambuco durante a gestão do governador Paulo Câmara, prevendo um total de R$ 44,1 bilhões de investimentos até 2027, que deverão gerar cerca de 25 mil novos postos de trabalho.

A operação funcionará por meio de um navio indústria conhecido como Floating Ship Regaseification Unit (FSRU), que ficará ancorado no Cais de Múltiplos Usos. A transformação do gás natural liquefeito (GNL) na forma gasosa será realizada pelo navio estacionário, conectado por gasodutos à Estação de Transferência de Custódia (ETC), para posterior distribuição pela rede que liga o porto às cidades do Grande Recife, interior do Estado e demais Estados.

A área arrendada para uso do terminal é de 33.375 metros quadrados e o Porto de Suape será remunerada pela cessão da área do CMU no valor global de R$ 6,2 milhões para um período de 48 meses de contrato. O montante equivale a R$ 131,1 mil por mês. Além do valor do arrendamento, o investimento engloba os custos com o sistema de recepção aquaviária, infraestrutura de cais e amarração, gasoduto e a estação de transferência de custódia. As operações sem o FSRU começam na próxima semana e com o FSRU, nos próximos 12 meses.

Também participaram da solenidade os secretários estaduais José Neto (Casa Civil) e Fernando Jucá (Ciência, Tecnologia e Inovação), os diretores-presidentes da Adepe, Roberto Abreu; e da Copergás, André Campos; o diretor de relações institucionais e governamentais da Neoenergia, João Paulo Rodrigues; e o acionista e fundador da OnCorp, Brian Ray Brewer.

ONCORP

A OnCorp é uma holding brasileira atuante nos mercados do Brasil e da Argentina, principalmente no setor de produção e serviços de geração de energia termoelétrica independente, com atuação nos sistemas interligado e isolado do país, com sua própria linha de grupos geradores, desenvolvidos por sua subsidiária, a OnPower. Desde 2002, as empresas voltadas ao setor energético que compõem a OnCorp contribuem em cinco grandes projetos do Sistema Interligado de Energia Nacional, através da geração de mais de 455.040 MW/mês, distribuídos pelo território brasileiro pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Precursora e atenta às alternâncias de paradigmas propostos ao mercado de geração de energia termoelétrica, a OnCorp está em pleno desenvolvimento de projetos voltados a leilões nacionais de energia, baseados em grupo geradores movidos a gás natural. Recentemente, começou a implantar os primeiros projetos híbridos do Brasil, no sistema isolado, com térmicas que utilizam baterias e energia fotovoltaica, tendo obtido a primeira certificação de “selo verde” na Nint (empresa de consultoria e avaliação ESG), para um projeto de geração de energia no país. Em Pernambuco, a holding já conta com uma planta fotovoltaica de 2.5MWp de potência, no âmbito da geração distribuída, no munícipio de Ribeirão, na Zona da Mata Sul do Estado.

FUTURO PROMISSOR

Com o Regás, o Complexo Industrial do Porto de Suape encerra 2022 com o anúncio de uma série de grandes empreendimentos estratégicos confirmados para Pernambuco durante a gestão do governador Paulo Câmara, prevendo um total de R$ 44,1 bilhões de investimentos até 2027, que deverão gerar cerca de 25 mil novos postos de trabalho. Entre os empreendimentos, estão a Planta de Produção de Hidrogênio Verde da Qair Brasil (R$ 22,5 bilhões e 2.900 empregos), o novo Terminal de Contêineres da APM Terminals-Moller-Maersk (R$ 2,5 bilhões e 1.600 empregos), a nova fábrica da Blau Farmacêutica (R$ 1,5 bilhão e 1.400 empregos) e o Terminal de Granéis Sólidos Minerais de Suape da Bemisa (R$ 1,5 bilhão e 3 mil empregos).

A ampliação da Refinaria Abreu e Lima (R$ 5 bilhões e 12 mil empregos), a construção da Ferrovia do Sertão, que ligará Suape às jazidas de ferro de Curral Novo, no Piauí, numa extensão de 717 quilômetros (R$ 6 bilhões e 2 mil empregos) são outros grandes empreendimentos que vão fortalecer a economia pernambucana, nos próximos anos. Atualmente, 229 empresas estão instaladas no Complexo de Suape e adjacências, gerando cerca de 24 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

AUTONOMIA

Outra conquista do atual governo foi a retomada da administração do Porto de Suape, em outubro deste ano. Com isso, Suape readquiriu a competência para a condução de estudos, elaboração de editais, realização dos procedimentos licitatórios e a celebração dos contratos relativos aos arrendamentos portuários com mais agilidade e menos burocracia. O complexo também passou a ser responsável pela aprovação das expansões e adensamento de áreas, além de prorrogações antecipadas de contratos em vigência e reequilíbrios contratuais.

Foto do porto: Divulgação/Suape

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