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Percentual de famílias pernambucanas endividadas volta a avançar em setembro


A Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), visando traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento dos consumidores com dívidas e sua percepção em relação à sua capacidade de pagamento.

Segundo o recorte local realizado pela Fecomércio-PE, no mês de setembro o percentual de famílias que se declaram endividadas no estado de Pernambuco chegou a 81,9%, registrando uma variação de 0,4 ponto percentual com relação a agosto e 3,9 pontos percentuais em relação a setembro de 2021. Com o resultado de setembro, o indicador gradualmente se aproxima do patamar registrado no mês de abril, quando chegou a 82,8%, um dos maiores percentuais da série histórica iniciada pela CNC em 2010. O percentual de famílias com contas em atraso, por sua vez, oscilou de 27,1% para 27,9%, voltando a crescer após cinco meses consecutivos em trajetória de queda. Já o percentual de famílias que se declaram sem condições de quitar as contas em atraso ficou praticamente estável em relação ao mês de agosto, registrando 13,3% em setembro contra 13,2% no mês anterior.

 

Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) – setembro/2021 a setembro/2022



O cartão de crédito segue como principal vetor das dívidas, sendo citado por 93,6% das famílias que se declaram endividadas. O que observa nesse momento é que mesmo com a retomada do mercado de trabalho formal e com a desaceleração da inflação nos últimos três meses, o nível de endividamento continua impactando a renda das famílias e o desempenho do comércio local. Um dos fatores para isso é que a perda do poder de compras acaba forçando o aumento do uso de crédito para manutenção do consumo e os juros elevados é um impeditivo para que as famílias consigam alguma condição de negociação das dívidas em atraso.

Outro ponto é que embora o mercado de trabalho melhore, a recolocação no emprego ainda está acontecendo com um salário médio mais baixo, especialmente no setor de serviços e via ocupações informais. Nos próximos meses, considerando o momento de comemorações de fim de ano, a tendência é de que o percentual de famílias endividadas continue em patamar elevado. Por outro lado, os recursos adicionais como o 13° salário e o aumento momentâneo da renda com os auxílios até o final de ano tendem a segurar um pouco o nível de inadimplência.

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