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Setembro Amarelo: neuropsicólogo enfatiza a importância do acompanhamento terapêutico no combate ao suicídio



O mês de setembro é marcado pelas discussões acerca da saúde mental e da prevenção do suicídio, lembradas no setembro Amarelo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios por ano em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. Assim, estima-se mais de 1 milhão de casos no mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia, sendo considerado um problema de saúde pública que traz impactos em toda a sociedade.

Todos os anos, mais pessoas morrem como consequência do suicídio do que por complicações de doenças como HIV, câncer de mama, malária, guerras ou homicídios, conforme aponta a OMS. “Estamos vivendo um momento em que as pessoas estão adoecidas com depressão e ansiedade e isso pode evoluir para um pensamento recorrente de finitude. Eventos traumáticos podem desencadear uma reação neuroquímica que, no dia a dia, vai crescendo e se transformando em uma tristeza profunda e melancolia, e a pessoa começa a não querer mais estar no convívio social e a não sentir mais vontade de fazer suas atividades de rotina. Isso se torna um movimento patológico quando impede de realizar as atividades laborais e é neste momento que se deve buscar ajuda com um psicólogo”, explica o neuropsicólogo Carol Costa, do Sistema Hapvida. 

Quase todos os casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais, como a depressão, principalmente quando não são diagnosticadas ou tratadas corretamente. “A depressão não aparece de forma repentina. Aos poucos, a pessoa começa a emitir sinais como isolamento social, discurso de finitude, falta de higiene, mudanças no modo de vestir, diminuição ou aumento de apetite e desprezo pelas atividades que antes eram interessantes. Nem sempre ela percebe, mas é importante que a família esteja atenta e, ao identificar os sinais, incentive a busca pelo apoio psicológico com profissionais, oferecendo também um suporte emocional”, aponta o psicólogo. 

“A melhor forma de prevenir o suicídio e as doenças mentais é falar sobre o tema e é para isso que o Setembro Amarelo serve. É importante que qualquer pessoa busque um acompanhamento terapêutico para aprender a se autoconhecer. Isso ajuda a viver melhor. Além disso, deve-se buscar praticar esportes com frequência, manter uma rotina que inclua atividades prazerosas e ter um estilo de vida saudável. Isso não vai impedir que as fases ruins da vida aconteçam, mas vai ajudar a lidar melhor com elas, afinal, saúde mental é saber lidar bem com as adversidades e lembrar que a vida sempre será a melhor escolha”, enfatiza o neuropsicólogo Carol Costa.

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