
O consumidor pode ter a disposição uma nova forma de pagamentos em 2019. A Associação das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) afirmou que o financiamento pelo cartão de crédito deve entrar em vigor no primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a associação, no modelo de financiamento será possível fazer parcelamentos mais longos e em todos tipos de lojistas. Porém, ao fazer a opção desse financiamento, a compra do produto terá a aplicação de juros. As taxas serão definidas pela operadora do cartão, conforme o risco de inadimplência de cada consumidor e a promessa é de que sejam “competitivas”, porém os patamares não foram informados.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) havia confirmado nesta semana que a modalidade estava em estudo. Na prática, a novidade dará mais uma alternativa aos consumidores de parcelar as compras. Hoje, o parcelamento do cartão é subsidiado integralmente pelo lojista, que define qual o número de parcelas máximo que pode fazer em um produto, podendo aplicar juros ou não. Para os lojistas, a vantagem é receber o valor da compra em até cinco dias. Atualmente, o valor da compra é repassado em 28 dias, em média. O presidente da Abecs, Fernando Chacon, afirma que a vantagem da nova modalidade de pagamento é que os consumidores poderão fazer as compras parceladas em mais lojas, porque o financiamento será liberado pelo cartão de crédito e não pelo estabelecimento.
“Isso tende a aumentar a concorrência do comércio, já que o consumidor vai poder adquirir produtos parcelados em diversos estabelecimentos”, afirmou. Chacon diz que a ideia é que o consumidor possa escolher a forma de pagamento que mais se adapta a seu padrão de consumo e a cada compra. Ele lembra da lei que permite valores diferentes para compras à vista e a prazo. “O lojista pode continuar disponibilizando o outro parcelamento. Na hora de pagar a pessoa vê se vale pagar a vista, em menos vezes ou em mais vezes, com uma parcela mais barata”. O executivo explica que a opção se fará no caixa de cada estabelecimento, onde o lojista mostra quais são as opções disponíveis para cada meio de pagamento.
A expectativa do setor é que as taxas de juro oferecidas sejam competitivas para estimular esse financiamento. Inadimplência Desde 1º de julho, o consumidor que não conseguir pagar a fatura integral do cartão de crédito tem até um mês para usar o crédito rotativo _ com taxas de juros de 275,7% ao ano. Depois desse período, precisa parcelar o valor em aberto da sua fatura em uma linha de crédito oferecida pelo cartão, com juros mais baratos que o rotativo. Chacon explicou que no caso do financiamento de produtos, o consumidor que financiar a fatura em um caso de eventualidade terá que pagar tanto a parcela assumida pelo financiamento da fatura quanto as parcelas devidas da compra do produto. “No mês, a parcela do produto entra no financiamento da fatura. E aí ele tem que arcar no próximo mês com a próxima parcela do produto e a da fatura”.
O executivo acredita que a nova forma de crédito não tende a aumentar o endividamento da população e deve ser encarada como uma nova opção. “Em um cenário que as pessoas tenham mais condições de pagar e saber o que se encaixa no seu orçamento, elas podem comprar mais e movimentar mais a economia”. Segundo o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), 63,1 milhões de pessoas estão inadimplentes no Brasil.
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