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PT mantém Lula e diz não temer devolução de verba do fundo partidário


O Partido dos Trabalhadores garantiu que vai registrar a candidatura de Lula à presidência da República. No Festival Lula Livre, realizado na noite deste sábado (28) no Rio, o senador Lindbergh Farias declarou que a legenda não teme perder recursos do fundo partidário, mesmo com a notícia de que o Ministério Público Eleitoral irá acionar a Justiça para obter o ressarcimento no caso de candidatos "ficha suja" que utilizarem os recursos. "Não tem nenhuma decisão da Justiça sobre isso, é maluquice", declarou sobre a notícia dada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sobre o uso do fundo partidário por candidatos inelegíveis. O senador defendeu que cresce a popularidade do ex-presidente Lula, preso desde o mês de abril, condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no G

"Eu quero ver a próxima pesquisa, eu garanto que o Lula vai crescer", disse o parlamentar do PT. Questionado se o partido teme eleger um candidato que não possa assumir, Farias argumentou que o pleito pode terminar sendo decidido no Supremo Tribunal Federal. "Dia 31 de agosto começa a propaganda eleitoral e o Lula vai estar na propaganda eleitoral. Se impedirem ele de gravar, é um crime. [...] A decisão do Supremo em segunda instância, interpretada errada, é sobre prisão, não sobre direitos políticos. [...] Eu quero ver eles anularem uma eleição com o Lula ganhando no primeiro turno", cravou o senador. Também participando do evento, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, circulou entre o público, mas se recusou a falar com a reportagem do UOL. 

A deputada federal Benedita Silva (PT) também defendeu a candidatura de Lula. "Para nós é a segurança que o povo estará com ele. Nós hoje estamos apenas fazendo um ensaio porque no dia 15 de agosto faremos o registro da candidatura de Luis Inácio Lula da Silva", colocou. Candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos justificou que o partido acredita em um atentado contra à democracia com a prisão de Lula, por isso, a presença no evento ocorrido nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. "Não é uma questão apenas de quem é eleitor de Lula, de quem é do PT. Eu sou candidato a presidente da República pelo PSOL, mas isso não vai nos fazer ser coniventes com injustiça", falou sobre o possível adversário no pleito, que considera um preso político. 

"Marielle presente" Além de pedir a liberdade para o ex-presidente Lula, Marielle Franco foi o segundo mais citado na noite. Na sexta-feira (27), a vereadora assassinada em março completaria 39 anos. "Foi retirada da caminhada terrena pelos assassinos do sistema, os propagadores de ódio, que não admitem a diferença. Eles têm até candidato a presidente", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL) sobre a correligionária. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) destacou que esteve na Festa Literária de Paraty com a escritora Conceição Evaristo, tratando sobre Marielle. "Vai completar 5 meses da sua morte, foi a morte mais sofisticada da história do Rio de Janeiro, e eu não estou falando de um local pouco violento. Quem matou Marielle foi a política. Tem uma política, em pleno século XXI, que é capaz de matar. Isso separa a democracia da barbárie, não a direita da esquerda." Festival Cantores e outros artistas participaram do Festival Lula Livre, em palco montado no bairro da Lapa, na região central do Rio. 

No início do evento, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio recolheram panfletos e materiais que, para o órgão, configuravam campanha antecipada. Lula está preso desde abril, condenado a 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex. Na última pesquisa Ibope, do fim de junho, liderava as intenções de voto, com 33%, à frente de Bolsonaro (15%), Marina (7%) e Ciro (8%). Chico Buarque e Gilberto Gil encerraram o evento, que contou ainda com a participação de Beth Carvalho, Chico César, Ana Cañas e outros artistas, além de atores globais como Osmar Prado e Herson Capri. No início do evento, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral apreenderam materiais da deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB) e do deputado estadual Gilberto Palmares (PT). Feghali classificou o ato de "arbitrariedade", e o tribunal diz que os itens apreendidos configuravam campanha eleitoral antes do prazo legal. Campanhas com adesivos, panfletos com nomes de candidatos estão autorizadas apenas a partir de 16 de agosto.

UOL Política

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