Hoje é
treze de dezembro, mas não é qualquer treze e sim o treze do
centenário de Luiz Gonzaga. Foi a exatamente 100 anos no dia 13 de
dezembro de 1912 que nascia o Rei do Baião. Um artista que levou o
nome do nordeste por este Brasil afora e demonstrou nossa cultura aos
sete ventos, ele fez da arte de cantar uma lição de vida cantada em
versos e prosa um sertanejo esperançoso por uma chuva que ora vinha
demais e ora vinha de menos. A “vida de viajante” foi excitante,
“as Carolinas” que sempre fizeram parte de sua vida ainda hoje
são lembradas. O que falar da “Asa Branca” que partiu de um
sertão seco, mas que ao chover voltou batendo suas asas para um
sertão de homens sérios e mulheres trabalhadoras.
O jumento, o assum preto, a sabia, o boi bumba e tantos outros animais que serviram de pano de fundo para as belas canções do Gonzagão ainda são lembrados por diversas gerações. A Paraíba, o Juazeiro, o aboiador, o vaqueiro e tantas personalidades que fazem parte do cenário do nordestino por ele foi retratado em musicas que retrata a alma de uma nação que teve em seu rei a força necessária para lutar por uma melhor condição. A fé do nordestino foi levada a tona na canção Ave Maria Sertaneja, onde o sertanejo rezou e agradeceu a Nossa Senhora (a virgem imaculada) por todas as graças alcançadas. A triste partida, poema de Patativa do Assaré, contou na voz de Lua Gonzaga a saga do nordestino que deixou sua terra natal e vai em busca de uma vida melhor no sudeste.
São milhares de musicas interpretados pelo pernambucano do século que em forma de poesia contou tudo que o nordeste tem de melhor. Nestes cem anos em que todo nordeste celebra o centenário do Rei do Baião o Blog Coisas da Vida presta esta singela homenagem ao pernambucano que levou a alma de um povo consigo e nem no sudeste se esqueceu do seu pezinho de serra lá em Exu. Nem na “Hora do Adeus” ele deixou de ser poeta, pois ele soube fazer jus a seu titulo de Rei do Baião e hoje é cultuado pelas novas gerações que levam consigo o espírito guerreiro do filho de Januário no som de um acordeom que ainda toca as notas de um “danado de bom” que jamais irá morrer. Serão mais uma centena de anos para celebrar Luiz Gonzaga o “Rei do Baião.”
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