Header Ads Widget

Peça da companhia teatral Kunyn encanta a todos no Galpão das Artes

Vídeo demostração de um trecho da peça em cartaz na cidade de São Paulo
O Galpão das Artes recebeu na noite desta quinta-feira (11), véspera de feriado, o espetáculo “Dizer e não pedir segredo”. Tal encenação é realizada por um grupo de paulistas da companhia teatral Kunyn de São Paulo. Pedagogos e alunos do colégio Pentágono de Limoeiro vieram prestigiar a peça que já aclamada pela critica nacional como um “senhor” espetáculo. Chegando ao espaço teatral os espectadores foram convidados a tomar água, refrigerante, a comer jujuba e tudo na mais sutil e carinhosa recepção.

Pessoas de diversos segmentos vieram prestigiar a apresentação que em seu cenário continha malas com pertences variados como se esperassem seu dono para vesti-los. A platéia ficou em circulo e atenta prestou atenção no que os artistas falavam. Cada um dos quatros falava para uma parte dos espectadores e em vozes diferentes iam retratando fatos de um menino que viveu sua vida em diversas fases onde sua homossexualidade era mostrada apouco á pouco.

A encenação contava com cenas fortes e com palavras que talvez chocassem a todos, mas nada que já não tivéssemos ouvido por alguém dizer. Ser livre é coisa muito séria, mas diante dos fatos e das descobertas, o ser livre se tronaria algo imprescindível na mente de um garoto que passava a se descobrir como gente e como objeto sexual. Um lar ”quase perfeito” era tudo que faltava para este garoto? Acho que não! Em jogo de luzes a platéia era parte do espetáculo onde os objetos e roupas jogadas nos baús iam ganhando donos e nesses donos um história.

Das diversas fases vividas por este garoto houve várias em que a platéia se colocava em seu lugar e tentava descobrir o porquê dele querer ou ser assim até quem sabe o porquê dele ter nascido deste ou daquele jeito. Que imagem nós fazemos dos outros antes de julgarmos? O jogo de vela e lanternas em uma escuridão vazia trazia à tona a vida de pobre garoto esquecido por uma sociedade que o tachou de vários nomes sem importa-se se era realmente aquilo que ele desejaria para si.

Mediante aquele menino de outrora que o adulto o carregava nas costa os atores em encenação revezavam-se entre eles a fazerem perguntas à platéia sobre a idade com o menino que eles eram e que hoje o carregam nas costas? Houve muitos relatos e um deles chamou a atenção da platéia; Uma senhora contou da emoção que teve aos 20 anos quando sua filha nasceu. Não este, mas muitos outros relatos tocaram o coração do público presente.

A peça em si foi algo extraordinário, afinal nada antes visto em nossa cidade havia sido apresentado a uma platéia com uma miscigenação de raça, cor e condição social. Um ponto forte e ao mesmo tempo chocante foi à encenação de um Cristo gay totalmente fora dos padrões religiosos e este mesmo Cristo foi ganhar o mundo mostrando a sua mãe um lado da vida que ela jamais viria a conhecer. Impactante sim, mas tudo na medida de uma mente idealista onde os fatos podem sim ser diferentes do que foi pregado há séculos.

Entre família perfeita e sociedade foi mostrado um abismo que há entre ambas e o que a descriminação é capaz de fazer. Um garoto foi morto; Motivo: Descobriram que ele era homossexual e o espancaram até a morte. Seu amigo de infância que havia acabado de descobrir a sexualidade do amigo nada fez e o deixou morrer vítima de uma sociedade inescrupulosa que ainda hoje não cultiva o respeito e amor ao próximo; Amor esse que carnal ou não deveria se perpetuar por toda eternidade.

Depois de mais de uma hora de apresentação era chegada a hora da despedida e com palmas o público presente ovacionou os atores do espetáculo que marcou a e vai marcar a vida de muita gente. Fábio André “fechou a noite” com suas considerações finais e o grupo se despediu de todos que a sensação de mais uma casa de espetáculo consagrada com nossa apresentação. Vale salientar que esta peça faz parte do Trama (Festival de teatro de grupo) que aportou em Pernambuco.

Sua principal é discutir o conceito do teatro de grupo do Brasil. O grupo que veio a Limoeiro foi o Kunyn que trouxe uma espécie de teatro “delivery” que é apresentado em São Paulo em casas de pessoas que se dispõem a receber o espetáculo. A peça que foi encenada em nossa cidade ocupa um ambiente não convencional.

Veja abaixo algumas fotos da peça.


















Postar um comentário

0 Comentários