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O teatro em encenação e pesquisa numa noite produtiva no Galpão das artes.

Ator surubinense André na apresentação do espetáculo Neste Local

Foi apresentada no Galpão das artes na noite desta quinta-feira a encenação Neste Local que traz a tona o espaço como tema central. Diversos ícones da historia humana foram “levantados” no centro do palco onde um círculo de pessoas totalmente fixado no ator o ouvia dizer e falar sobre dois corpos não caberem no mesmo corpo e quem veste quem; Se a roupa veste o homem ou se o homem veste a roupa. Uma das partes bem interessante é quando o ator faz menção a moda, gostos e estilos. A cor em toda sua essência foi mostrada e ao barulho de respiração e batidas de um coração pulsante o ator fez toda platéia relaxar e só ouvir a voz dele como em uma sessão de regressão. Espaço pessoal, afinal o que é isso? Qual seu primeiro espaço ocupado por você?

Plateia atenta ao espetáculo

Foram perguntas como essa que levaram os presentes a pensarem sobre a indagação de dois corpos não ocuparem o mesmo espaço ao mesmo tempo. Em um jogo de palavras mutuamente repetidas diversas vezes deixou as pessoas quase que desnorteada como se fosse várias pessoas ao mesmo tempo em um único espaço, afinal somos todos filhos de um mesmo espaço. Assim como começou a encenação ela terminou com o ator cabendo em seu espaço. Quem encenou a peça foi o jovem ator surubinense André Chaves, do grupo de dança Companhia Solos de Dança, que em uma apresentação no tempo certo, mostrou onde “caber” no tempo e no espaço, afinal no teatro dois corpos podem ocupar dois lugares ao mesmo tempo.

Ao final da peça a palestrante Eliz Galvão, da cidade de Camaragibe, realizou uma palestra sobre uma pesquisa por ela idealizada. Pesquisa essa que trata sobre o teatro e leva o nome de: Pesquisa Cultural sobre a cadeia de teatro no estado. Ela foi lançada via internet e feita à mão via formulários por pessoas que se dispuseram a preenchê-la. A pesquisa foi dividida em várias etapas e uma deles foi o teatro como forma de sustentabilidade para quem vive de arte. Nesta pesquisa foi mostrada que os jovens do sexo masculinos com idades entre 18 a 25 anos são maiorias no mundo teatral aqui em Pernambuco. Foi também perguntado aos artistas presente no Galpão quantos deles já tinham DRT e quantos deles realmente sobreviviam do teatro sem a necessidade de obter outros meios de sobrevivência.

Eliz Galvão em palestrando sobre sua pesquisa

Foi distribuído para os presentes uma cartilha e uma caneta, nesta cartilha relatava todo o histórico da pesquisa que trazia consigo as seguintes informações:

A pesquisa se deu por quatro macrorregiões de Pernambuco: a Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão. As pesquisas foram realizadas em 24 cidades pernambucanas que estão assim divididas:

Região Metropolitana: Camaragibe, Igarassu, Jaboatão, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.

Sertão: Arcoverde, Bodocó, Floresta, Serra Talhada, Tabira, Triunfo e Tuparetama.

Zona da Mata: Nazaré da Mata, Ribeirão, Palmares e Vitória de Santo Antão.

Agreste: Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Limoeiro, Orobó e Surubim.


Nesta mesma pesquisa foi mostrado os grupos de teatrais mais citados em cada cidade. Com referencia à Limoeiro, foram citados: Os grupos teatrais; Lionarte e Galpão das Artes, Os atores; Charlon Cabral, Fábio André, Jadenilson Gomes, João Guilherme, Ketuly Queiroz, Radamés Moura, Samuel Paz e Tarcísio Queiroz.
No gran finale foi debatido com relação ao apoio dos poderes públicos ao teatro, e depois de números levantados o que se pode ver é que em muitas cidades, infelizmente, ainda não existe um apoio por conta dos governantes. Tudo isso ainda mostra o descaso do governo para com a cultura. No final, foi servido uns biscoitinhos com refrigerantes para os participantes do evento.

Foi assim em um gostoso ping-pong que a palestrante Eliz perguntava e se deixava ser perguntada. Com uma noite muito proveitosa e cheia de informações todos voltarem á suas residências cheios de conteúdos e muita coisa para estudar e pesquisar sobre os temas levantados tanto na peça quanto na palestra.

Fotos e texto por Márcio Wanderley

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