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“A inconveniência de ter coragem” traz para Limoeiro o universo de Ariano



Peça apresentada no Galpão das Artes discutiu com humor o tema da traição.

Jornalista Fausto Muniza


Há cerca de 10 anos, a cidade de Limoeiro, a 77 km do Recife, um grupo de professores, estudiosos e apaixonados pela arte se reunia para discutir as necessidades da população em relação a esse campo. O fruto desses diálogos e debates deu origem à criação de um espaço focado no teatro e nas demais expressões artísticas regionais: o Galpão das Artes. Só pelo objetivo inicial de oferecer à comunidade um serviço de entretenimento com esse nível, a iniciativa coloca o município em destaque, revelando artistas escondidos em suas casas e promovendo atrações com rigor estético e profissionalismo.

“No início conseguimos alugar este local apenas para a exibição de filmes e montagens teatrais. Hoje, com o reconhecimento de instituições de renome nacional, podemos levar nossos espetáculos para plateias de outras cidades e países e trazer mais visibilidade às nossas ações municipais”, revela Fábio André, um dos criadores do Galpão, que nos anos de 2008 e 2010, ganhou o prêmio Pontinho de Cultura, do Ministério da Cultura (MinC).

E foi com atores de montagens antigas e outros novos no meio, que o público limoeirense pôde conferir nesta quinta-feira (11), a mais uma apresentação da peça “A inconveniência de ter coragem”, uma adaptação do 1º ato de “A Pena e a Lei”, de Ariano Suassuna. A atração integra a programação do Festival Pernambuco Nação Cultural Agreste Setentrional, que desde o início da semana está levando a cidades como Limoeiro, Passira, Taquaritinga do Norte, São Vicente Ferrer e Toritama uma amostra das produções culturais mais recentes do estado e do país.

A história agrega elementos pitorescos do cotidiano popular nordestino bastante explorados pelo escritor em sua obra, narrando uma trama cujo eixo central, a suspeita da traição pairando sobre um casal, se torna o mote para o desenrolar dos acontecimentos. Com humor e irreverência, os atores, fantasiados como bonecos, interagem com a plateia, ao mesmo tempo em que embalam a narrativa com canções diversas e também criam a sonoplastia do espetáculo. O elenco é composto por Lucas Rafael, Kettuly Muniz, Charlon Cabral, Jadenilson Gomes, Francisco Queiroz e possui direção de Fábio André. Este ano, a peça se apresentou no Festival de Inverno de Garanhuns.

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