Primeiro desafio da nova presidente será livrar-se da sombra de Lula
(Foto: Divulgação/Site Dilma Rousseff)
Hoje, dia 01/01/2011, "mamãe" assumiu o seu trono e "papai" foi embora. Será que ela ainda vai querer ficar com ele ao seu lado? Olha;" Ano novo, Dilma nova". Mamãe parece que vai pegar em "bomba chiando", mas ele é esperta e se vira muito bem. A posse de mamãe foi tão bonita que quase eu choro( pelo menos eu tentei chorar, mas foi difícil e não deu) . Vi também na posse dela um monte de mulheres soldadinhas e os soldados marchando pra lá e pra cá. As mulheres reinaram na festa, era cada uma tão linda que dava até gosto de ver. Veja no texto abaixo as principais broncas que mamãe vai ter que resolver. Como diria Cardnot " Durma com uma bronca dessa!"
O primeiro e grande desafio de Dilma na Presidência será livrar-se da sombra de Lula, que deixou o cargo, mas ainda vai levar um tempo para desencarnar. Em Brasília, uma anedota dizia que ele iria precisar de cirurgia para retirar a faixa presidencial. Nas sua campanha pelo Sertão, mais de uma vez ele disse que iria pegar o telefone e ligar para a moça, que nem eleita tinha sido ainda. É pouco provável que Dilma Rousseff consiga se livrar tão cedo da sombra do ex-presidente. Mais ou menos como João da Costa e João Paulo.
Em Suape, no dia do lançamento da pedra fundamental da Fiat, o próprio Lula disse que o seu governo era um sinal e que Dilma iria ampliar os avanços. A sua obra, assim, estaria inacabada. Longe da publicidade oficial e dos blogueiros alinhados com o oficialismo, todos sabemos que continua grande a distância entre ricos e pobres, a desejada distribuição de renda precisa avançar mais, em busca de um país mais justo.
No plano político, outro desafio importante é conter o radicalismo de determinadas alas do partido e assemelhados. No caso dos ataques à imprensa, por exemplo. Afinal, se o objetivo não fosse aumentar o bem-estar coletivo e garantir o pleno exercício das liberdades públicas e individuais, serviriam para que tê-la lá? Não são poucas as oportunidades que os militantes se esforçam para censurar a imprensa. Aqui, no Estado de Pernambuco, uma figura menor do partido chegou a pedir à Justiça que o Blog de Jamildo fosse retirado do ar. Foi rechaçado.
INFLAÇÃO - Analistas preveem dificuldades para Dilma especialmente no campo econômico. Segundo a Bloomberg, por exemplo, Dilma será confrontada com a "inflação mais alta dos últimos 23 anos e um crescente déficit orçamentário". Nesse cenário, Dilma estaria encontrando dificuldades para convencer investidores externos de que pode sustentar o crescimento econômico registrado nos anos Lula.
Outro desafio importante é equilibrar as contas, sem passar a mão no bolso dos brasileiros. Lula tomou uma paulada no Senado, quando tentou voltar a CPMF, que nunca esqueceu. Que sirva de lição para a sucessora. Chega de tungar a carteira dos contribuintes. O Brasil precisa de uma reforma tributária. Ela interessa tanto a Dilma, presidente da República, quando aos governadores. Então, o grande desafio é exatamente propiciar o debate e a formulação de propostas em torno desse tema.
SAÚDE - A questão da CPMF acaba lembrando o desafio que continua na saúde. Estatísticas falam sempre na necessidade de rever o financiamento, no intuito de esfolar quem já paga imposto.
De fato, a saúde se tornou uma das áreas do governo Lula que mais desagradam os brasileiros. Pesquisa Ibope divulgada no último dia 16 revelou que 54% desaprovam a atuação do governo na área de saúde, contra 42% que a aprovam. Esse resultado deixou a área como a pior avaliada entre as nove analisadas pela pesquisa.
E um estudo divulgado em agosto pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) mostrou que os problemas na área da saúde incomodam o brasileiro mais do que questões relacionadas ao trabalho e à educação. Esse é o legado que Lula deixa para a presidente eleita Dilma Rousseff.
Dilma Rousseff (PT) concentrou propostas para o setor em ações previstas na segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Prometeu, por exemplo, como resposta à superlotação das emergências dos grandes hospitais, construir 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 8.694 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) pelo País, ao custo de R$ 8,1 bilhões. Um desafio que não foi superado por Lula nem por FHC: o de fazer com que a saúde pública no Brasil avance com o mesmo fôlego que áreas como a economia, reduzindo a diferença entre ricos e pobres.
Há outras reformas na fila. Nos oito anos, foi lamentável a falta de empenho de Lula para promover a reforma política durante sua gestão. Os próximos presidentes da República dificilmente terão o poder que Lula teve um dia nas mãos para melhorar a política e os padrões de como se faz política no Brasil.
Espera-se também mais compostura no cargo, algo que parece fácil diante da comparação possível. O petista terá cumprido oito anos de um governo que fez pouco caso das leis, das instituições e do decoro.
DEMOCRACIA - Caso sejam verdadeiras suas palavras logo quando foi declarada vencedora, Dilma pode ajudar efetivamente para a consolidação da democracia política. Prometeu chamar a oposição para um diálogo produtivo e governar para todos. É difícil acreditar. O partido da presidenta sabotou todas as tentativas de reformar o País empreendidas por FHC. E prefere aliar-se a todo tipo de político, como Sarney e Collor.
No que toca ao Nordeste, a expectativa é de que a ministra esteja bem servida. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, é um trator para trabalhar e daria certo onde fosse colocado. Ainda mais em uma área em que poderá beneficiar a agricultura de Petrolina e região, cuidar do avanço da Transnordestina e da Transposição.
Não se sabe é se ela poderá dar a mesma ajuda que Lula deu a Pernambuco, no segundo governo Eduardo. É que uma banda importante do PT, logo no núcleo duro do governo Dilma, planeja cortar as asas de Eduardo, que almeja voos nacionais. Espera-se que resista, até em lealdade a um aliado que trabalhou tanto por sua eleição, até sem precisar fazer tanto, pois já estava eleito em primeiro turno.
Fonte: início; Márcio Wanderley, resto; JC Online
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