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Águas de Oxalá 2011


Foi no domingo, dia 16 de janeiro que emanou na cidade de Limoeiro-PE, atabaques e agogôs, cantos e rezas à Orixás por um mundo melhor; mundo mais liberto da intolerância à diversidade. Pois ocorreu de forma agistral o II Águas de Oxalá. Evento aberto ao público, com massiva participação dos adeptos do Candomblé, teve presença de representações de várias cidades pernambucanas.

Transcorreu com muita naturalidade, muita paz e alegria os momentos cerimoniais realizados no Clube Centro Limoeirense (Rua Vigário Pinto 739, centro). Após apresentação de capoeira de grupo local, iniciou-se os trabalhos religiosos... Primeiro a EXU e subsequentemente a diversos Orixás entoou-se cantos sagrados, quase sempre em Iorubá, criando uma atmosfera de espiritualismo profundo, terno e amoroso.

Após duas horas de ritos em recinto fechado, exercitados coletivamente por diversos adeptos e observado por muita gente, tem saída a procissão pelas ruas da cidade até o bairro do Ponto Certo, onde reside e trabalha o Pai Alabyi. No percurso, uma parada em frente ao mais antigo Terreiro de Candomblé de Limoeiro, na Rua da Alegria, o popularmente conhecido Terreiro de D. Maria do Carmo.

Uma comoção geral instaurou-se ao testemunhar-se a forte energia do local, resultando em dança, canto e fé a Iemanjá, tendo uma Babalorixá da região metropolitana do Recife, septuagenária evoluído uma dança afro-brasileira com humildade profunda, dignidade imensa e beleza indescritível.

No ponto de apoteose do evento houve vários ritos a diversos orixás, sendo a reverência principal a Oxalá, o primeiro deles a ser cultuado. Ainda houve apresentação de Afoxé ao encerramento. Este Águas de Oxalá vem a ser um exemplo de que é preciso mais Diálogo entre as religiões através de cada indivíduo em suas profecias particulares. Mesmo sendo de base no Candomblé, o evento à Oxalá é aberto a qualquer pessoa que veja interesse no trabalho, que queira se aproximar mais com a cultura afro-descendente em suas raízes mais puras.

De uma organização mui responsável e profissional (na pessoa do Pai Alabyi e seus filhos e filhas), é oportunidade de se vencer preconceitos vários ainda estabelecidos num povo, numa cultura, num país que já não cabe tais preconceitos. Por mais errônea que tenha sida a formação e a informação das pessoas sobre a afro-descendência, haverá em momentos como este uma chance à tolerância. Pois este é o objetivo de Alabyi: tocar os corações das pessoas para aceitar a diversidade em vez de persegui-la, censurá-la ou reprimi-la.

É uma luta que no Brasil vem ocorrendo desde sua formação há quase 500 anos. É uma luta que vem sendo travada em todo o mundo, onde neste momento centenas de pessoas de diversas e diversas formações culturais (inclusive as orientais) estão sendo obrigadas a manterem-se em silêncio e reclusos(as) ante suas diversidades ancestrais que quase sempre nada mais são formas diferentes de querer o bem estar coletivo da humanidade, a vida plena e o amor fraterno. AXÉ!

Walter Eudes
Diretamente do Blog do Agreste.

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1 Comentários

  1. Ok Mácio! Viva a TOLERÂNCIA. Abaixo o preconceito. Vamos juntos fazer um mundo cada vez melhor!!! É muito bonito este evento organizado por Pai Alabyi! Que tal você está comigo no próximo ano?? ... se Deus quizer!!??
    Abraços,
    AXÉ!!

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