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A morte e a lição que sempre esquecemos


A morte, quando dá as caras, sempre faz a gente pensar em como somos vaidosos e egoístas e como tudo isso não vale absolutamente nada diante do que realmente importa na vida. Uma pena que essa lição sempre seja rapidamente esquecida e voltemos a ser como sempre fomos.

Quando se trata de de um popstar mundial como Michael Jackson, a overdose de informação na mídia _ que ainda vai durar muitos dias _ dá mais uma dimensão, não da grandeza do artista, mas da pequenez de todo ser humano. Mais cedo ou mais tarde, o ídolo pop que mais vendeu discos na história será esquecido, vai ser uma página virada, uma foto de arquivo. Os bebês que estão nascendo hoje podem até vir a saber que um dia existiu um cantor de talento, dançarino genial, milionário excêntrico, amado e odiado. Talvez, daqui a 20 anos, um ou outro jovem tenha tempo para ouvir o disco Trhiller, que vai soar como Noel Rosa soa hoje. Será apenas uma curiosidade, uma peça de museu.

Já terá passado o tempo de Michael Jackson, que teve todo o dinheiro e fama com que nem o mais ingênuo dos humanos poderia sonhar. O patrimônio de bilhões de dólares que não foi suficiente para dar a ele um minuto de paz interior agora vai virar carniça no bico e nas garras dos urubus que o cercavam.

Quem hoje fala de Francisco Alves, o Rei da Voz?

E de Alexandre o Grande, de Gengis Khan, que tiveram o mundo nas mãos?

Morreram todos com o rei na barriga.

Estão agora na mesma situação do mais pobre indigente enterrado ontem numa cova rasa do cemitério de Inhaúma.

As mais sábias religiões ensinam que a maior batalha do ser humano é contra seu próprio ego. E, na contramão delas, fomentamos cada vez mais nosso individualismo e nosso egoísmo, que nos fazem intolerantes, impacientes, insensíveis e predatórios.

Todo homem hoje acha que o planeta Terra é o cenário de um filme do qual ele é o protagonista, sobrando para as outras seis bilhões de pessoas apenas os papéis de figurantes.
Todo mundo quer garantir sua varanda com vista para o mar, e que se dane o resto se ela for a última antes de o mar virar sertão.

Nem Michael Jackson, nem Carlos Drummond de Andrade, nem Bill Gates, nem Fernandinho Beira-Mar, nem aquele mendigo ali da esquina, nem eu e nem você somos tão fenomenais como julgamos.

Com sorte, alguns de nós vão virar estátua depois de mortos, mas a maioria, nem isso. Se deixarmos uma ponta de saudade em alguém, numa única pessoa que seja, a quem fizemos o bem uma única vez, já teremos saído muito melhor que a encomenda.

Fonte: 웃♥웃 Nina Estєvєz Orkut

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