Brasil tem mais de 3 milhões de profissionais de linha de frente; enfermeiros de unidades gerenciadas pela Santa Casa de Chavantes falam sobre a profissão
O profissional que tem o primeiro contato com paciente e familiares, e que fica na linha de frente em momentos de crise, como a pandemia de Covid-19 e a atual epidemia de dengue em diversas regiões do Brasil: Esse é o enfermeiro, peça fundamental na engrenagem do sistema de saúde brasileiro. E para homenagear essa profissão tão importante, o dia 12 de maio foi escolhido como Dia do Enfermeiro.
A data foi escolhida para homenagear a inglesa Florence Nightingale, considerada a mãe da enfermagem moderna. No Brasil, a data foi instituída 10 de agosto de 1938. Entre os dias 12 e 20 de maio, também é comemorado a Semana da Enfermagem no país, em homenagem à Nightingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.
A Santa Casa de Chavantes atua como OSS (Organização Social de Saúde) e busca sempre valorizar os profissionais da enfermagem de cada unidade de saúde gerenciada por todo o Brasil. De acordo com dados do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), o Brasil conta com mais de 3 milhões de enfermeiros.
Na voz deles
Neste momento tão especial, ninguém melhor para falar do ofício como os próprios profissionais que vivem o dia a dia da profissão.
Coordenadora de enfermagem da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) San Marino, em Taubaté (SP), Maria Helena Moraes afirma que ser enfermeiro é saber a “arte de cuidar do próximo”. “Gostaria de agradecer minha equipe por toda a dedicação, humanização, ética e respeito com os pacientes”, diz.
Técnica de enfermagem do Hospital Regional de Campo Maior (PI), Beatriz Maria de Oliveira Morais afirma que os enfermeiros “fizeram a diferença” na pandemia de Covid-19 e isso continua durante a epidemia de dengue. “São momentos que a enfermagem pode mostrar seu papel para a sociedade”, afirma.
A enfermeira Allana Nascimento Alvarenga, que atua no mesmo hospital que Beatriz, ressalta que, nestes momentos de crise sanitária, as equipes de enfermagem por todo o Brasil se desdobram para atender ao paciente com humanização mesmo diante da exaustão. “O objetivo é sempre salvar o máximo de vidas possíveis.”
A coordenadora de enfermagem na UPA Santa Helena, Tania Cristina Maciel Migoto, também fez questão de agradecer toda sua equipe. “São enfermeiros e enfermeiras acolhedores. Somos uma família e os pacientes fazem parte desta família”, ressalta.
Enfermeiros também são linha de frente no Rio Grande do Sul
Enfermeiro da UTI do Hospital Regional de Campo Maior, Gabriel da Costa Souza fez questão de ressaltar a importância dos profissionais de enfermagem no resgate e nos cuidados à população do Rio Grande do Sul, que tem diversas cidades tomadas pelas enchentes.
“Nas crises sanitárias, os enfermeiros trabalham dia e noite para atender todos os pacientes. Vivenciamos recentemente a pandemia de Covid-19, mas praticamente todo ano tem crises de H1N1, dengue, entre outras. Inclusive, os profissionais de enfermagem também estão trabalhando e são referência nos problemas das enchentes do Rio Grande do Sul”, afirma.
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