A amigdalite é uma doença infecciosa que atinge as amígdalas – dois órgãos que ficam no fundo da garganta e que são responsáveis por defender o organismo, sendo a primeira barreira contra microorganismos. A amigdalite pode ser causada por vírus (mais frequentes nas crianças), por bactérias (com maior incidência em jovens e adultos) ou pela associação dos dois agentes. A maioria das infecções de amígdalas são de causa viral, por isso é tão importante um acompanhamento com especialista para evitar o uso indiscriminado de antibióticos e até uma cirurgia. Porém, há situações em que a indicação cirúrgica prevalece. Segundo a otorrinolaringologista Renata Moura, as principais causas são:
1. Amigdalite bacteriana de repetição ou amigdalite bacteriana crônica: normalmente a cirurgia é indicada quando o indivíduo apresenta 5 ou mais infecções em 1 ano, ou 8 ou mais em 2 anos, ou ainda 9 ou mais em 3 anos.
2. Abscesso periamigdaliano: este quadro costuma ser uma complicação da amigdalite e basta tê-lo uma vez para receber a indicação cirúrgica. Apesar do abscesso acometer uma amígdala apenas, a indicação cirúrgica é sempre para as duas.
3. Amígdalas aumentadas ou hipertróficas: em alguns casos, as amígdalas são grandes ao ponto de causar uma obstrução na garganta que pode levar a roncos, apneia e até engasgos com determinados alimentos.
4. Amigdalite caseosa: neste caso, são as amígdalas que acumulam cáseos (restos de alimentos) em suas criptas, que causam incômodo, gosto amargo na garganta e mau hálito. Geralmente a decisão cirúrgica, nesta situação, parte do paciente, já que não há riscos importantes para a saúde física, apenas o receio de ser constrangido por conta da halitose.
5. Síndrome de PFAPA: sigla para Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite cervical, essa síndrome é um quadro menos conhecido em que ocorre febre, aftas, dor de garganta e aumento dos gânglios. A causa ainda é desconhecida, mas, quando é persistente, também pode haver tratamento cirúrgico.
Para falar sobre o tema, eu indico Dra. Renata Moura Barizon, otorrinolaringologista há 14 anos pela UNIRIO. Atuou por 14 anos como plantonista em clínica de emergência otorrinolaringológica e atualmente é Coordenadora de Otorrinolaringologia da Associação Médica Fluminense.
0 Comentários
Para comentar neste Blog você deve ter consciência de seus atos, pois tudo que aqui é postado fica registrado em nossos registros. Tenha em mente que seu respeito começa quando você respeita o próximo. Lembre-se que ao entrar aqui você estará em um ambiente bem descontraído e por isso contribua para que ele sempre fique assim. Não esqueça que os comentários são moderados e só iram ao ar depois de uma analise e se passarem por ela iremos publicar, caso não ele será deletado. Para os novos comentários via Disqus ou Facebook a moderação não se faz necesária, já que o nome do usuário fica salvo nos comentários.
Obrigado pela visita e volte sempre.