Queda de cabelo, unhas quebradiças, fadiga excessiva, sonolência e tontura são alguns dos sinais que podem indicar anemia. A condição é caracterizada pela redução na concentração da hemoglobina, substância do sangue que transporta o oxigênio para todas as células do organismo, ou das hemácias, células que fazem esse transporte. Segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo possuem algum tipo de anemia, o que corresponde a um quarto da população mundial, tornando-se um problema de saúde pública.
A anemia não é uma condição única, podendo ser de diferentes tipos e origens. “É importante destacar que a anemia não é uma doença em si, mas um sinal de que há alguma deficiência no organismo. Quando a anemia acontece devido a uma perda expressiva de sangue motivada por hemorragias em cirurgias, acidentes e sangramentos, temos uma anemia aguda. Já as anemias crônicas surgem como consequências de doenças crônicas. Quando essas patologias estão presentes desde o nascimento, chamamos de hereditárias, como é o caso da anemia falciforme, causada por uma mutação genética que provoca deformação dos glóbulos vermelhos, e as adquiridas estão ligadas a deficiência nutricional, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico”, explica o hematologista Ícaro Felix, que atende pelo Sistema Hapvida.
Alguns outros sintomas podem surgir como indicadores da anemia, como câimbras, dor no peito, falta de ar, palidez na pele e mucosas ou amarelão nos olhos e pele, e é daí que deriva o ditado que ‘desculpa de menino amarelo é comer barro’. Quando a anemia é ferropriva, ou seja, por falta de ferro, ela pode gerar o desejo de consumir coisas não nutritivas como barro ou gelo. Entre as pessoas mais propensas a desenvolver anemia estão as crianças, gestantes, lactantes, mulheres em idade reprodutiva que têm ciclo menstrual com fluxo intenso e portadores de doenças crônicas como diabetes, doença renal e neoplasias.
O diagnóstico de anemia é realizado através de exames laboratoriais e seu tratamento varia de acordo com a doença de base que provocou a deficiência na produção das hemácias e hemoglobinas. Os remédios recomendados pelos médicos podem ser orais ou injetáveis, quando a anemia é gerada por carências nutricionais recomenda-se o aumento da ingestão de ferro, vitamina B12 e suplementos.
“ É importante ficar atento a fatores que podem levar ao desenvolvimento de anemia, como úlceras, perdas sanguíneas e a falta de suplementação em praticantes de exercícios físicos. Vale lembrar, ainda, que o avanço de uma anemia pode resultar em condições agravantes, como o comprometimento do sistema autoimune e o aumento da predisposição a infecções. Então, é preciso ficar atento e procurar ajuda médica assim que perceber os primeiros sinais para tratar a anemia precocemente", alerta o hematologista Ícaro Felix, que atende pelo Sistema Hapvida.
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