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Em meio à seca, comerciantes de Limoeiro "ganham a vida" com o abastecimento alternativo



Limoeiro, localizado no Agreste Pernambucano, é uma das 126 cidades que enfrentam problemas por conta da seca. Com pouco mais de 55 mil habitantes, o município registra chuvas abaixo da média desde 2012. Nos três primeiros meses deste ano choveu 118,5 milímetros, quando a média histórica para esse período ultrapassa os 300.  A cidade é abastecida por duas barragens, Palmeirina e Carpina, mas o nível dos dois reservatórios está muito baixo.  De acordo com a APAC, a barragem de carpina fica localizada em lagoa do carro e tem capacidade para armazenar 270 milhões de m³, mas atualmente só conta com 16,3% desse volume. Já o reservatório de Palmeirina, que fica em Bom Jardim, tem capacidade para acumular 6 milhões de m³, mas possui apenas 3,8% desse volume, o que coloca a barragem em situação de colapso.

O racionamento em Limoeiro já se arrasta há mais de um ano. Mesmo quem vive na área urbana da cidade tem que economizar. Rafael Rocha mora no bairro Nossa Senhora de Fátima e chega a ficar mais de 30 sem água. Ele explica que os vizinhos ajudam, mas às vezes é preciso comprar água. Já Vanderley Azevedo não sabe o que é ter água na torneira. Ele mora no loteamento Lagoa Azul e recebe água uma vez por semana da Prefeitura por meio de carro-pipa. Seu Vanderley também tem que comprar água para não passar necessidade.

Com esse cenário, tem gente na cidade aproveitando a situação para investir na venda da água. Quem conta essa história é o repórter da Rádio Jornal Limoeiro, Alfredo Neto. É comum em Limoeiro a circulação de carros-pipa e caminhões improvisados com caixas plásticas. O negócio foi batizado como “indústria da água”. Por conta disso, o departamento de vigilância sanitária precisou adotar algumas medidas de segurança. Para comercializar, os donos dos carros precisam apresentar laudo da fonte. Além disso, os carros e caixas d’água passam por fiscalização da Prefeitura. Se a seca gera desconforto para algumas famílias, para outras ela gera renda. É o caso de Fernando Rodrigues, investiu R$ 25 mil em equipamentos e hoje vende 10 mil litros de água por dia, empregando três funcionários.


Via Rádio Jornal do Comercio

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