Após 20 anos de especulações e promessas, a aguardada continuação do controverso e bem-sucedido filme A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson, está finalmente saindo do papel. O novo longa, intitulado A Ressurreição de Cristo, teve sua data de início de filmagens e detalhes do enredo revelados, prometendo um impacto cultural e espiritual ainda maior que o original.
Produção Confirmada e Retorno do Elenco
A confirmação oficial de que o projeto avançou veio da CEO dos estúdios italianos Cinecittà, Manuela Catenacci (referida no vídeo como Katiamani), após décadas de silêncio. As filmagens estão programadas para começar em agosto de 2025 em Roma e outras locações no sul da Itália, conhecidas por suas paisagens bíblicas autênticas.
O elenco principal retornará para a sequência, garantindo a continuidade histórica e emocional da narrativa.
Jim Caviezel está de volta ao papel de Jesus Cristo, 20 anos após o filme original. Devido à passagem do tempo, o ator será rejuvenescido digitalmente para manter a coerência visual.
Maia Morgenstern reassume o papel de Maria, a mãe de Cristo.
Uma Ambição Espiritual Sem Precedentes
Desta vez, Mel Gibson não quer apenas narrar a Ressurreição como um evento histórico simples. Seu objetivo é revolucionário: retratar as 36 horas mais importantes da história cristã.
O filme promete mergulhar em eventos pouco explorados, buscando capturar não apenas a vitória física de Cristo sobre a morte, mas sua dimensão espiritual profunda e universal. O ator Jim Caviezel afirmou que este será "o maior filme já produzido" no cinema religioso, explorando "um território espiritual jamais visto antes".
O Centro da Controvérsia: A Descida ao Inferno
Um dos momentos mais ousados e centrais do roteiro será a chamada Descida ao Inferno (Harrowing of Hell), um tema raramente retratado no cinema, extraído de antigas tradições cristãs. O conceito, que narra a descida de Cristo ao "Sheol" (mundo dos mortos) para libertar as almas dos justos que aguardavam sua vinda, será visualizado de forma direta e visceral.
A cena será inspirada nas visões detalhadas da mística Anne Catherine Emmerich, que influenciou Gibson no filme anterior . A promessa é de um confronto cósmico entre luz e trevas, com imagens vívidas de realidades espirituais profundas.
O Legado da 'Paixão de Cristo'
Para entender a ousadia da sequência, é crucial revisitar o filme de 2004. A Paixão de Cristo foi um projeto radicalmente honesto, que retratou as últimas 12 horas de Jesus sem filtros de Hollywood. Gibson financiou o filme pessoalmente, investindo milhões do próprio bolso, e optou por gravar inteiramente em línguas mortas (aramaico, latim e hebraico).
O filme enfrentou críticas ferozes, sendo acusado de antissemitismo por alguns grupos. No entanto, o público respondeu de forma avassaladora, transformando-o em um sucesso de bilheteria com mais de US$ 611 milhões arrecadados mundialmente, contra um orçamento de apenas US$ 30 milhões.
Gibson e o roteirista Randall Wallace (também parceiro em Coração Valente) trabalharam incansavelmente no roteiro da continuação por mais de sete anos. O diretor indicou que pretende manter a autenticidade linguística do primeiro filme. Além disso, a história será dividida em duas partes, permitindo explorar a complexidade espiritual com profundidade.
O foco da narrativa também incluirá as aparições pós-ressurreição e as reações dos discípulos, como a dúvida de Tomé, mostrando como a ressurreição transformou profundamente a visão de vida e morte de seus seguidores.
O objetivo final de Gibson é ir além do sucesso comercial, buscando criar um filme que seja uma "experiência espiritual transformadora", oferecendo uma mensagem de que "o mal, o sofrimento e a morte já perderam a batalha definitiva" em um mundo tomado por crises






















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