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Código enviado por engenheiro da Meta é chamado de "lixo" por Linus Torvalds


Linus Torvalds, criador e principal mantenedor do kernel Linux, rejeitou de maneira contundente um conjunto de patches voltados para a arquitetura RISC-V enviados por um engenheiro da Meta. Torvalds descreveu o código como “lixo” (“garbage”), tanto pela qualidade quanto pelo fato de ter sido enviado muito tardiamente, quando o período de merge estava quase se encerrando .

A submissão em questão foi feita por Palmer Dabbelt — um colaborador de longa data, atualmente vinculado à Meta (antes, associado ao Google/Android) . Ele enviou os patches para inclusão no kernel Linux 6.17 em uma sexta-feira, um dia antes do fechamento da janela de merge, contrariando as boas práticas recomendadas pelo próprio Torvalds .

As observações de Torvalds

Torvalds deixou clara sua irritação:

“No. This is garbage and it came in too late. I asked for early pull requests because I'm traveling…” .

O problema não foi apenas a pontualidade, mas também a forma de implementação. Ele criticou especificamente uma função utilitária chamada make_u32_from_two_u16(), classificando-a como um recurso complexo e desnecessário que prejudica a legibilidade do código — especialmente em headers genéricos fora da árvore RISC-V . Em suas palavras, “este helper faz o mundo ativamente um lugar pior para se viver” .

Torvalds foi claro em suas diretrizes: nada de contribuições tardias ou “lixo” fora da árvore específica do RISC-V — e avisou que o desenvolvedor recebeu um “aviso”:

“No more late pull requests, and no more garbage outside the RISC-V tree.” .

E agora? Próximos passos

A rejeição dos patches significa que as alterações não foram incluídas no Linux 6.17. Dabbelt terá de revisitar sua proposta e aguardar o próximo ciclo — o window de merge do Linux 6.18 —, idealmente com um código mais limpo e enviado antecipadamente .

Torvalds tem reputação por sua comunicação direta e, por vezes, áspera. Ainda assim, muitos reconhecem que ele sustenta suas críticas com argumentos técnicos — o que confere justificativa à dureza do tom .

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