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Pet friendly: como estabelecimentos se adaptam para receber você e seu melhor amigo



Cada vez mais bares e restaurantes no Brasil estão preparados para receber clientes com seus animais de estimação, oferecendo estrutura, conforto e experiências completas para tutores e pets

Em um país onde os animais de estimação são tratados como membros da família, não surpreende que muitos clientes desejem levá-los junto para todos os lugares — inclusive para bares e restaurantes. E, cada vez mais, isso é possível. A tendência dos estabelecimentos pet friendly, ou seja, amigáveis à presença de animais domésticos acompanhados de seus tutores, cresce em todo o Brasil, refletindo mudanças no comportamento dos consumidores e novas oportunidades no mercado da alimentação fora do lar.

Se você é do tipo que não gosta de deixar o seu cachorro ou gato sozinho em casa, saiba que já existe uma rede crescente de bares e restaurantes que pensam como você. Mais do que permitir a entrada de animais, esses lugares estão se preparando para acolher os bichinhos com conforto, carinho e segurança. E o melhor: sem comprometer a experiência de quem está apenas em busca de um bom prato, um chope gelado e bons momentos com amigos ou família.

O Brasil é pet — e os estabelecimentos estão percebendo isso

O Brasil é um dos países com mais animais de estimação no mundo. Segundo dados do Instituto Pet Brasil (IPB), são mais de 149,6 milhões de animais domésticos no país, o que nos coloca na terceira posição do ranking global. Apenas os Estados Unidos e a China têm mais animais domésticos.

Uma pesquisa da consultoria alemã GfK, que analisou dados em 22 países, mostra que o Brasil está bem acima da média mundial: 58% dos lares têm cachorros, 28% têm gatos, 7% têm peixes e 11% têm aves. A média global, por exemplo, aponta 33% dos lares com cães e 23% com gatos. Além disso, pelo menos 70% dos brasileiros afirmam ter um pet ou conhecer alguém próximo que tem.

Com números tão expressivos, é natural que o mercado gastronômico tenha começado a prestar mais atenção nesse público. Afinal, os pets deixaram de ser apenas animais de companhia e passaram a ocupar um lugar central na rotina de seus tutores. Para muitos, sair de casa sem o pet é tão impensável quanto sair sem o celular.

Experiências completas e acolhedoras

Estabelecimentos que abraçam a proposta pet friendly não apenas permitem a presença de animais — eles buscam criar um ambiente onde tutores e pets possam aproveitar juntos com conforto, segurança e praticidade. O restaurante Seo Inácio, em Aracaju (SE), é um exemplo. O sócio e presidente da Abrasel no Sergipe, Bruno Dórea, explica que receber bem os animais é um diferencial cada vez mais valorizado pelos clientes. “Os próprios frequentadores acabam divulgando o restaurante para amigos e familiares que também buscam uma experiência assim. O boca a boca funciona”, afirma.

Segundo ele, o restaurante estuda até a criação de um menu especial para os animais, algo que já está presente na rotina de outros empreendimentos que apostam nesse segmento.

É o caso do bar Tom Zé, em Campinas (SP), que desde o início abraçou a proposta de receber bem os pets. A proprietária Mayara Baleiro conta que o bar, que tem inclusive uma identidade visual inspirada em cachorros, já oferece cardápio alternativo para animais, bebedouros e petiscos logo na entrada. “Um bar verdadeiramente pet friendly é aquele em que o cliente pode curtir com seu animal de estimação, com conforto para os dois. O animal precisa estar tão bem quanto o tutor”, resume.

O que torna um lugar pet friendly?

Não basta liberar a entrada de animais. Para ser verdadeiramente adequado, o estabelecimento precisa se preocupar com alguns aspectos importantes. Entre eles:

  • Espaço adequado: locais amplos, arejados e, preferencialmente, com áreas externas, facilitam a acomodação dos animais e garantem mais segurança para todos.
  • Infraestrutura: potes com água limpa, petiscos, brinquedos ou até cardápios especiais mostram que o pet é bem-vindo — e não apenas tolerado.
  • Higiene e manutenção: a limpeza deve ser constante e feita com produtos que não prejudiquem os animais. É importante também disponibilizar saquinhos higiênicos e contar com uma equipe preparada para lidar com eventuais necessidades fisiológicas dos bichinhos.
  • Sinalização clara: avisos sobre o comportamento esperado dos tutores, limites de circulação ou áreas restritas ajudam a manter a harmonia no local.

Vale lembrar que os tutores também têm um papel importante: manter o animal de estimação sob controle, respeitar o espaço alheio e recolher resíduos são atitudes fundamentais para garantir uma convivência saudável e manter a boa imagem dos locais pet friendly.

Vantagens para todos

Para os clientes, a principal vantagem é poder aproveitar a saída sem deixar o animal de estimação em casa. Mas os estabelecimentos também têm muito a ganhar. A presença de pets contribui para uma atmosfera mais leve, acolhedora e descontraída, além de atrair um novo nicho de consumidores fiéis e engajados — que tendem a valorizar e divulgar os locais que tratam bem seus companheiros.

Segundo o IPB, o mercado pet brasileiro movimentou R$ 60,2 bilhões em 2022, com crescimento de 16,4% no setor. O número impressiona e mostra o potencial de atrair clientes que não apenas têm pets, mas que gastam com eles e buscam experiências completas.

Uma tendência que veio para ficar

Se antes era comum ter que procurar alguém para cuidar do pet ao sair de casa, hoje a realidade é outra. Com a expansão dos estabelecimentos pet friendly, os momentos de lazer podem — e devem — incluir também os animais de estimação. A tendência acompanha um estilo de vida mais afetivo, familiar e consciente, onde os pets não são um obstáculo, mas sim parte essencial da experiência.

Portanto, da próxima vez que for escolher onde comer, tomar um café ou relaxar com os amigos, considere levar seu melhor amigo com você. E, claro, valorize os lugares que o recebem de portas e potinhos abertos.

Foto: Divulgação Seo Inácio

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