Se estivesse viva, Elis Regina completaria 80 anos neste 17 de março de 2025. A cantora gaúcha, dona de uma voz inconfundível e de uma interpretação arrebatadora, construiu uma das carreiras mais brilhantes da música brasileira, deixando um legado que continua a emocionar gerações.
A trajetória de uma estrela
Nascida em Porto Alegre, em 1945, Elis começou a cantar ainda criança em programas de rádio. Nos anos 1960, sua explosão nacional veio com a vitória no Festival de Música Popular Brasileira de 1965, interpretando Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes. A partir daí, consolidou-se como uma das maiores intérpretes do Brasil.
Com uma presença de palco eletrizante e uma capacidade única de transmitir emoções, Elis ajudou a popularizar a MPB, lançando e imortalizando composições de artistas como Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Ivan Lins. Seu álbum Falso Brilhante (1976) e o show homônimo se tornaram marcos da música e do teatro musical brasileiro.
Elis nos anos 2000 e além
Se estivesse viva, Elis teria visto a evolução da música brasileira e, sem dúvida, continuaria relevante. Sua voz poderia ter ecoado em novos projetos, talvez em duetos com artistas contemporâneos como Marisa Monte, Criolo ou Emicida. Sua inquietação artística a levaria a explorar novas sonoridades, sem perder a intensidade e a autenticidade que sempre a caracterizaram.
A tecnologia também poderia ter sido uma aliada. Com o advento das redes sociais e das plataformas de streaming, sua arte alcançaria ainda mais pessoas ao redor do mundo. Imaginar Elis Regina em uma live no YouTube ou revisitando clássicos com arranjos modernos no Spotify é um exercício fascinante para os fãs.
O legado eterno
Embora tenha partido cedo, em 1982, Elis segue viva através de sua obra. Suas gravações continuam a emocionar e influenciar cantores e músicos, e suas canções são revisitadas em homenagens, musicais e documentários. Sua filha, Maria Rita, herdou o talento e mantém viva a conexão com os admiradores da mãe.
Hoje, aos 80 anos, Elis Regina seria mais do que uma lenda: seria um ícone atemporal da música brasileira. Seu impacto permanece inquestionável, provando que sua arte nunca teve, nem terá, data de validade. Afinal, como disse na inesquecível O Bêbado e a Equilibrista, "o show tem que continuar".
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