Poucas horas após confirmada
a vitória de Luiz Inácio Lula da
Silva nas eleições presidenciais,
no último domingo (30/10), a
Jovem Pan News deu início a
uma grande reformulação em
seu elenco, começando pelo
anúncio das demissões. A emissora, que ganhou destaque pelo
forte alinhamento com o governo
Bolsonaro, completou um ano
de operação no final de outubro.
u O primeiro a ser desligado, ainda na noite de domingo, foi Caio
Copolla, que havia retornado ao
Grupo Jovem Pan em novembro
do ano passado, após uma passagem pela CNN Brasil. Segundo
apuração de Ricardo Feltrin,
do Splash/UOL, vários motivos
teriam contribuído para a demissão do comentarista, entre eles
sua recusa em participar com
regularidade dos programas da
emissora, e uma grave acusação
envolvendo uma ex-namorada
do bacharel em direito.
Na manhã da segunda-feira
(31/10) foram anunciadas as
saídas de Augusto Nunes, que
estava no Grupo JP desde 2016,
e do escritor e comentarista
Guilherme Fiúza. Vale lembrar
que ambos eram extremamente
alinhados com as narrativas do
bolsonarismo, e defensores das
atitudes do presidente.
u Na contramão dos perfis de
Copolla, Nunes e Fiúza, também
foi desligado o jornalista Guga
Noblat, uma das poucas vozes
dissonantes e críticas a Jair Bolsonaro no dia a dia da emissora. Vale
destacar que ele estava afastado
desde a semana passada “por não
ter defendido a rádio na história
da censura”, como afirmou em
suas redes sociais.
u Caso parecido teria ocorrido
com o repórter Maicon Mendes,
igualmente desligado na segunda-feira.
Segundo Gabriel Vaquer,
do Notícias da TV, a demissão
dele também teria ocorrido pelo
posicionamento e reportagens
tidas como “de esquerda” pelos
comentaristas da emissora.
u Carla Cecato, que estava afastada desde o início de outubro,
quando decidiu participar da
campanha de reeleição de Jair
Bolsonaro, não deverá retornar
à emissora. O engajamento dela
na campanha fez com que se tornasse alvo de críticas em relação
à sua credibilidade, em especial
pela grande quantidade de notícias falsas que compartilhou em
seu Instagram, chegando inclusive a ter seu perfil marcado pela
plataforma como não confiável
para informações jornalísticas.
Via Eduardo Ribeiro - Jornalistas&Cia
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