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Marca brasileira cria cosmético super-hidratante com ativos da Amazônia e quer plantar uma árvore para cada unidade vendida

 

Campanha acontece em setembro, quando o Dia da Amazônia é lembrado. Ação vai ocorrer em parceria com comunidades ribeirinhas onde matérias-primas para o produto são adquiridas

Durante o mês de setembro, a marca de cosméticos Darvore, cujos produtos são 100% formulados com ingredientes da Amazônia e extraídos de forma totalmente sustentável, vai promover uma ação de conservação e restauração florestal do bioma. A partir do dia 05 de setembro, no Dia da Amazônia, a venda de cada produto da marca vai gerar a plantação de uma árvore nativa da Amazônia na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã. Ela fica localizada na região Nordeste do Estado do Amazonas, de onde são extraídas as matérias primas com o envolvimento das comunidades ribeirinhas para a formulação dos cosméticos.

A campanha Mais Amazônia para o Planeta ocorre em parceria com o Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), responsável pelo desenvolvimento e pela supervisão do aplicativo Cidades Florestais. Ele rastreia o passo a passo da extração das matérias-primas utilizadas nas confecções dos produtos. “Como nosso formulação é 100% florestal, à medida que crescemos, cresce também a compra de matérias-primas, e ter a garantia de que a extração delas está sendo feita com práticas sustentáveis e ambientalmente responsáveis é fundamental para a manutenção do nosso negócio”, diz João Tezza Neto.

João é economista, tem 52 anos e trabalha pela conservação da Amazônia há décadas. Atua desde 1999 em projetos de valorização das cadeias produtivas locais por meio de uma empresa de consultoria que tem sobre o tema. Em 2017, começou a desenvolver uma pesquisa, que três anos depois deu origem à Darvore, cujos itens são 100% formulados com ingredientes da região.

A iniciativa está inserida no Programa Carbono Neutro Idesam (PCN), parceiro da Darvore na Amazônia e que nasceu em 2010 com o objetivo de conectar os grandes centros urbanos às florestas, permitindo que pessoas, empresas e iniciativas se responsabilizem pelos impactos que geram no planeta, ao neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A neutralização acontece por meio do plantio de árvores nativas em Sistemas Agroflorestais (SAF), método que privilegia espécies que tenham valor econômico para as comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, na Amazônia. “Lançar a campanha no dia da Amazônia, 5 de setembro, com essa parceria valiosa, é muito significativo para gente”, conclui o empresário.

Fórmulas ambientalmente responsáveis

As extrações dos ativos utilizados nas fórmulas são responsáveis e não consomem materiais resultantes da derrubadas das florestas. “A copaíba, por exemplo, um ativo que vem sendo muito procurado por suas propriedades curativas podem desmatamento, porque a copaibeira derrubada verte uma grande quantidade de sua seiva. A copaíba obtida no manejo florestal não mata a árvore, mas extrai uma quantidade menor da copaíba. É um uso sustentável e moderado que fazemos dos ativos ambientais, o que agrega ainda mais valor ao produto final”, explica João.

Em junho deste ano, a Darvore lançou os dois, e por enquanto únicos, produtos da marca. Um deles promete uma “super-hidratação”, acima da média da área de cosmetologia, para a área do rosto. João explica que a loção “Nano 1”, de hidratação profunda, revela uma capacidade de hidratação de 41% no período de duas horas. Depois de 24 horas da aplicação, pesquisas indicam que a taxa ainda fica em 27%. Já a “Nano 2”, de controle de oleosidade, alcança 16% de eficiência em duas horas e, depois de 24 horas, ainda está na marca de 9%. “Na comparação com produtos convencionais da indústria cosmética, a duração das ações é muito maior”, explica João.

Ele também destaca que os resultados do hidratante são visíveis já no primeiro dia de uso. “No caso da loção para o controle da oleosidade, ela precisa ser utilizada até a pessoa alcançar o resultado esperado e, depois, ao alcançar o objetivo do controle da oleosidade, parar o uso. São produtos realmente surpreendentes, que revelam o poder da natureza”, diz o empresário.

Diferenciais das moléculas de manteiga vegetal

Um dos principais fatores para o alto desempenho dos produtos tem relação com as formulações minimalistas dos cosméticos, 100% nanoestruturadas e que trazem benefícios progressivos para a saúde da pele. “Bastam três ou quatro gotinhas aplicadas no rosto para que os ativos penetrem na pele”, indica o empresário que, para desenvolver as fórmulas, se aliou em 2017 ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, o IPT. O Instituto viabilizou a conquista de recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e, com isso, facilitou o avanço dos estudos na área da bionanotecnologia, que tornaram a criação do “Nano 1” e “Nano 2” possíveis.

“As loções da Darvore são patenteadas e têm as moléculas encapsuladas por manteiga vegetal, e isso é diferente dos produtos da indústria convencional, que utilizam nanocápsulas sintéticas. Esse diferencial auxilia diretamente na eficácia e duração da hidratação e dos resultados de controle de oleosidade prometidos”, explica João.

Em 2017, o economista havia participado de um programa chamado InovAtiva Brasil, do Sebrae, e venceu a primeira etapa. A verba disponibilizada pela vitória na época, no entanto, ainda não era suficiente para executar toda a ideia. Juntos, o apoio do Sebrae, do IPT e investimento diretos da própria empresa garantiram R$ 450 mil ao projeto. Em 2020, João e a sócia e bióloga Andrea Waichman, abriram a Darvore. A matriz da empresa fica em Manaus, capital do estado do Amazonas, mas a marca também tem uma filial em Ribeirão Preto, em São Paulo, na incubadora de tecnologia da Universidade de São Paulo (USP), a Supera Parque.

patente das formulações é dividida com o IPT, por conta da parceria no desenvolvimento dos produtos. No começo, o empresário pensou se questionou se deveria vender os produtos para alguma marca já existente, mas notou que seria difícil encaixá-los em um portfólio já estabelecido, tendo em vista que a produção é específica e se dá através de fornecedores locais da Amazônia. Assim, surgiu a ideia da empresa própria, a Darvore, que hoje vende os produtos pelo site da marca e em feiras de temática ambiental.

Mês da Amazônia

“Entendemos que a produção e consumo conscientes e engajados é essencial para conservar a natureza. A campanha ‘Mais Amazônia para o Planeta’, que ocorre ao longo do mês de setembro, é a oportunidade para divulgar a questão ambiental por meio de uma ação prática de plantio de árvores, gerando renda em comunidades locais na região onde adquirimos matérias-primas para as loções”, conclui João.

Sobre a Darvore

A Darvore nasceu da vontade de se criar produtos com alta tecnologia, ultra naturais e que pudessem levar a bioeconomia da Amazônia a níveis mais altos, produzindo cosméticos com 100% de ativos da biodiversidade de florestas nativas. Tem como missão “oferecer produtos com ativos 100% florestais de alta tecnologia para o bem-estar das pessoas e a conservação da natureza”. Sua atuação contribui para o “desenvolvimento de produtos com origem na biodiversidade florestal associados à alta tecnologia e conservação da natureza”.

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