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Por que monetizar cada metro quadrado do posto de gasolina?



O Brasil possui a sexta maior frota de veículos em circulação no mundo. De acordo com os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), divulgados no início deste ano, são mais de 46,3 milhões entre carros, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos, e ficamos atrás apenas dos EUA, China, Japão, Rússia e Alemanha. Além disso, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), são cerca de 7 veículos para cada 10 habitantes só em São Paulo. Todos esses indicadores demonstram o quão atrativo o mercado de postos de combustíveis é aqui no Brasil. Se por um lado não faltam potenciais clientes, por outro o mercado exige um investimento alto para começar. Seja como franquia ou posto independente, o valor médio do aluguel varia de R$ 12 mil a R$ 30 mil por metro quadrado (a depender da localização). 

Considerando que a metragem mínima de um posto urbano atualmente é 900m², o varejista precisará se preparar muito bem financeiramente, além de ter uma boa estratégia de negócio para que o valor investido seja recuperado o mais rápido possível, com o tempo médio estimado para o retorno de 16 a 18 meses. Vale destacar que esta metragem mínima é uma regra para novos postos, então é natural que haja estabelecimentos em diferentes situações, espalhados pelo país. Mesmo que o varejista tenha um imóvel próprio, comprando o espaço do posto e tornando a conta mais simples (em teoria), ele ainda precisará alugar seu imóvel para a própria empresa. Ficou confuso? Fique tranquilo que eu explico. Esta prática está diretamente ligada à separação dos patrimônios pessoal e da empresa: ainda que ele seja dono do imóvel, é mais seguro alugá-lo para o seu CNPJ e repassar o custo, monetizando o metro quadrado através de novos negócios que possam agregar ao posto e a localização onde ele está. 

A exemplo, investir nas tradicionais lojas de conveniência, vending machine, troca de óleo, lavanderia, farmácia, lotérica, lava-carros, padaria, restaurante, espaço para eventos, pet shop, veterinários, ou até mesmo outdoors e painéis. Quanto maior e mais bem estruturado for esse espectro de comércios e facilidades anexadas ao posto, mais o cliente vai olhar para o espaço como um facilitador da sua rotina, unindo diversos itens de desejo em um único lugar. Assim, o negócio deixa de depender exclusivamente da venda de combustíveis, que tem uma margem de lucro apertada e sujeita à constante flutuação de preços. Os serviços oferecidos devem estar alinhados às necessidades daquela comunidade onde o estabelecimento está inserido: se o posto está localizado em um bairro residencial, colocar um pet shop ou uma lavanderia pode ser uma boa ideia. É claro que, à medida em que o varejista acrescenta outros serviços ao posto de combustíveis, a complexidade de geri-los aumenta e a tecnologia se faz cada vez mais necessária para a gestão do negócio. Investir em um sistema que o ajude a se organizar de forma mais simples e eficaz ajuda a manter o foco certo nos empreendimentos e estratégias, sem perder tempo com processos burocráticos e otimizando a mão de obra – o que, no final do dia, reduz custo e fortalece a lucratividade. É preciso ser digital para não ficar para trás. Monetizar cada metro quadrado também passa por racionalizar as operações e mobilidade. 

Na prática, essa expressão bonita se traduz em fazer com que o seu cliente sequer saia do carro para pagar ou comprar uma água. Já existem muitos postos aderindo ao “carrinho de vendas”, que circula na pista de abastecimento vendendo produtos para consumo imediato como salgados, doces e refrigerante, e com desconto para quem abastece mais de 40 litros. É de fato transformar a “passadinha no posto” em uma experiência que leva facilidade e conforto, além de estimular itens de desejo e suprir possíveis necessidades básicas do cliente. Por fim, ainda que o preço do aluguel do posto de combustíveis seja alto, o varejista precisa olhar para aquele espaço todo como uma oportunidade de monetização. Não o utilizar ao seu favor é jogar fora a possibilidade de lucrar mais. Cada metro quadrado vale e vale muito: o que você fará com ele é que dirá se seu negócio irá crescer ou ficar preso à volatilidade do mercado de combustíveis.

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