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Metodologia científica pelo desenvolvimento filosófico no contexto dos devs




Ser ou não ser, eis a questão. Ato III, Cena I de Hamlet, de William Shakespeare. É uma das frases mais conhecidas da literatura, amplamente difundida como referência filosófica.

Trazendo essa questão filosófica para o mundo da programação, código e desenvolvimento, qual seria a relação entre filosofia e devs?

A filosofia vem da Grécia e significa “amor à sabedoria”. Ela estuda problemas fundamentais relacionados ao conhecimento, à lógica, à existência, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Frequentemente a filosofia é colocada como um problema a se resolver – como nos códigos e programações criadas, por exemplo.

Os devs podem aplicar a filosofia que usamos a partir de questionamentos a respeito de se Francis Bacon defendia que uma experiência pode evidenciar ou comprovar uma teoria, defendendo a aplicação da razão nos experimentos científicos, com rigor, método e controle, ou se Popper alegava que, ao tentar demonstrar ou verificar uma teoria, no melhor dos mundos, conseguia refutá-la, e, caso não conseguisse, existiria aí a confirmação do experimento. Feyerabend, com o conceito contraindutivo (baseado na regra que experiência, fatos ou resultados experimentais determinam o êxito de nossas teorias), ou Thomas Kuhn, cuja ideia apontava a ciência como um ato histórico, utilizando como base o que foi estudado anteriormente, defendiam que, mais do que estudar os paradigmas, as regras e as teorias, aceitar as anomalias relevantes no seu campo de estudo e entendê-las não só como erros e fracasso pessoal, mas sim como novidades trazidas pela ciência para a comunidade à qual pertencem e aumentar assim o conhecimento acumulado para servir de base as próximas pesquisas.

Muitas escolas de ensino fundamental e médio têm em sua grade a disciplina de filosofia e ela é aplicada por aí sem se perceber. A metodologia no caso da programação é sutil, mas, com o passar do tempo, vai se intensificando. As teorias filosóficas são embutidas em cases práticos, conforme o desenvolvedor vai tendo experiência e se aprimorando na área. A introdução à filosofia começa na comunicação, no diálogo, na construção de raciocínio lógico, depois na reflexão e edificação do pensamento.

Uma das melhores formas de se aprender é estudar e, sobretudo, colocar em prática. A prática é a melhor professora, porque ajuda a atingir seus objetivos. Quanto mais imerso no assunto, mais próximo aos seus objetivos se chega. Por meio da filosofia é possível transmitir a resolução dos problemas, e para isso é necessário entender o cenário, enfrentar os medos, vencer os preconceitos, gerar reflexão. As respostas não são únicas e definitivas. Cada situação vai trazer uma resposta diferente. Não existe fórmula mágica.

Times de alta performance se constroem pelos pilares da filosofia, para que consigam entender os contextos e como as pessoas pensam e criam soluções para cada problema. Os ensinamentos filosóficos servem para causar reflexões, construir caminhos, criar conexões e ir além. O trivial é fácil de se alcançar. A mágica é transformar o ordinário (no sentido literal da palavra) em extraordinário. A filosofia serve para resolver os problemas, trazê-los à luz, entender aquilo que está subentendido.

Afinal, “Tu és metade vítima, metade cúmplice, como todos os outros”. Descobrir o autor da frase é fácil. Mas o que ela representa?

* Joel Backschat* é formado em Sistema de Informações pela Universidade da Região de Joinville e atua na área de tecnologia há mais de 15 anos, atualmente é CTO do grupo FCamara - fcamara@nbpress.com.

Sobre a FCamara  

A FCamara é especializada na criação de soluções customizadas e escaláveis para desenvolvimento de aplicativos, plataformas e integrações, com expertise no ramo há mais de 12 anos. Atua na transformação cultural, digital e cognitiva, impactando positivamente todos os setores de uma empresa. Atualmente, conta com um time de 600 colaboradores.  

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