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Conhecendo um pouco da história de Limoeiro


Terra famosa do Coronel Chico Heráclito, de Otaviano Heráclito Duarte, do Conselheiro Marco Antonio Vilaça e de Othon Lynch Bezerra de Melo, Limoeiro é uma cidade central do Agreste pernambucano.

Tudo leva a crer que a cidade do Limoeiro foi uma aldeia de índios Tupis. Os muitos pés de limão deram o nome da cidade. A presença dos não índios só vem a tornar-se permanente no século XVIII, quando o padre Ponciano Coelho dói foi enviado para catequizar os índios daquele lugar. Coriam os anos de 1730 e 1740. O local mais próximo do aldeamento ficava a 15 quilômetros a oeste, um lugar chamado Poço do Pau. Lá vivia um português chamado Alexandre de Moura, extremamente religioso e devoto de Nossa Senhora da Apresentação, que mandou construir uma capela onde eram celebradas missas e realizadas festas em louvor à Santa. Assim é que ele conseguiu atrair muitas pessoas de lugares distantes e muitas delas, resolviam morar na localidade, e dessa maneira fez o lugarejo crescer.

O Padre Ponciano, contudo, buscou uma forma de fazer o contrário. Como ele desejava transformar o aldeamento em uma vila, usou um estratagema muito comum:  fez desaparecer a imagem de Nossa Senhora da Apresentação da igreja de Poço do Pau para ser encontrada em um limoeiro. Levaram a imagem de volta a Poço de Pau, mas o padre fez a imagem reaparecer no pé do limoeiro e assim várias vezes. O padre Ponciano disse que isso significava que a santa estava escolhendo o lugar de moradia. Diante desses argumentos todos ajudaram na construção da igreja. A notícia do milagre trouxe para região várias pessoas que passaram a ali residir. E assim fundou-se um povoado denominado – Limoeiro de Nossa Senhora, mais tarde, porém, o nome passou a ser apenas Limoeiro. E os índios desapareceram.

O padre Ponciano não foi o primeiro a chegar na região, uma vez que aquele aldeamento era responsabilidade dos padres do Oratório da Madre de Deus que, através dos padres Manuel dos santos e João Duarte do Sacramento desde 1711, época da Guerra dos Mascates, período de ocupação do vale do Rio Capibaribe. Baseado na História Eclesiástica de Pernambuco,  o escritor limoeirense Antônio de Souza Vilaça, assim escreve:

"Poder-se-ia dar guarida à lenda do Pe. Ponciano anteriormente contada, contudo se sabe que antes disso, ao aldeamento já se dera o nome de Limoeiro. Talvez o Pe. João Duarte do Sacramento ou o Pe. Manuel dos Santos, os primeiros que cuidaram da catequese, sejam os responsáveis pelo sugestivo nome. Entretanto, consta de Velho documento que o Conde Maurício de Nassau ao relacionar as aldeias de sua jurisdição, Limoeiro, encabeçava a lista”.

No Brasão da cidade de Limoeiro, que é de autoria de Ariano Suassuna, encontram-se as datas de 1751, fazendo referência ao inicio da colonização; e 1893, referente à emancipação política.

Banhada pelo Rio Capibaribe e fazendo fronteira com as cidades de Feira Nova, Passira, Salgadinho, João Alfredo, Bom Jardim e Lagoa do Carro, Limoeiro tem uma população estimada de 55 mil habitantes, segundo o IBGE de 2011. Em grande parte do século XX, Limoeiro destacou-se pela compra de algodão e produção de óleo comestível realizada pela SANBRA, além de ser região de pecuária. Atualmente é produtor de banana, maracujá, limão, mandioca, mamão, além de milho. Daí que a culinária local ser caracterizada pela pamonha, canjica, munguzá, milho assado e cozido.

Devemos destacar Antônio Rodrigues de Araújo, o cantor Toinho de Limoeiro,falecido em 2008, fazia o estilo romântico, boêmio, entretanto, também cantava divinamente o autêntico forró, e firmou parcerias com cantores renomados como Petrúcio Amorim e Alcymar Monteiro. O Coco de Zé de Teté chama atenção de jovens que saem do Recife para escutá-lo.

Registramos a Sociedade Musical 25 de setembro, fundada em 21 de outubro de 1936, que realiza aulas de músicas para jovens e adultos, educando musicalmente na cultura popular e inserindo no mercado de trabalho, da qual já saíram vários músicos.

Durante o carnaval, o bloco lírico Flor do Limoeiro – bloco de pau e corda que se caracteriza pela beleza de suas fantasias e pela animação de seus integrantes e o bloco Mais Um, fazem a alegria da população e turistas. O Micaeiro, a micareta de Limoeiro é um evento consolidado no calendário cultural de Pernambuco, movimentando a economia municipal no mês de Outubro.

Bibliografia:




Texto escrito por: Andréa Ramos e Severino Vicente da Silva

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