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Como identificar e tratar o AVC – mal que acometeu dona Marisa Letícia Lula da Silva



Ontem, a mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dona Marisa Letícia Lula da Silva, foi internada, em São Paulo, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, é uma das principais complicações de doenças que afetam os vasos que levam sangue ao cérebro. O entupimento ou rompimento de um desses vasos impede o adequado fluxo de sangue para partes do cérebro e a perda de algumas de suas funções. O AVC pode acometer pessoas de qualquer idade, mas geralmente ocorre em pacientes com idade mais avançada e aqueles com doenças crônicas ou hábitos de vida pouco saudáveis que não fazem acompanhamento médico adequado.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e se dá quando um coágulo bloqueia uma artéria. Esse coágulo pode se formar dentro das artérias do cérebro ou nas artérias do pescoço (quando existem placas de gordura) e no coração (quando existe alguma arritmia ou aumento de suas cavidades), sendo levados para dentro do cérebro quando se desprendem. Já o AVC hemorrágico ocorre quando uma artéria “se rompe” dentro do cérebro. Ele geralmente ocorre quando a pressão arterial está muita alta e sem controle e isso pode levar ao rompimento de pequenas artérias ou de aneurismas (dilatações).

Algumas características dos pacientes podem aumentar o risco de AVC. Dentre elas estão hipertensão, diabetes, arritmias cardíacas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e uso de álcool. Para reduzir esse risco, recomenda-se adotar um estilo de vida saudável: cuidar da alimentação, evitando alimentos com excesso de gordura e sal; evitar grandes quantidades de álcool e parar o cigarro; praticar exercícios físicos; aprender a conviver com o estresse. “Além de mudar maus hábitos, é importante procurar um médico para uma consulta de rotina desde jovem”, completa o coordenador da Neurologia do Hospital Esperança Olinda, Dr João Eudes Magalhães.

Dentre os sintomas que ajudam a identificar um AVC, podemos citar: dormência ou paralisia de um lado da face ou do corpo; dificuldade para falar; perda súbita da visão; dor de cabeça muito forte; confusão mental. Um AVC ocorre de forma repentina e qualquer pessoa pode ajudar a identificar os sintomas de forma rápida: peça pra dar um sorriso, levantar os braços e falar uma frase. “Se o paciente está com a boca torta, um dos braços não levanta ou não se consegue entender o que ele fala, isso pode ser um AVC e o socorro imediato é importante para diminuir os danos”, alerta o médico.

O tratamento do AVC inclui inicialmente o controle das funções vitais, como oxigenação, pressão arterial, ritmo cardíaco e nível de glicose no sangue. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos para dissolver o coágulo, cirurgia para a retirada de hematomas ou para aliviar a pressão cerebral e até cateterismo para revascularizar as áreas comprometidas. Durante o internamento, as causas do AVC podem ser esclarecidas. Assim que possível também são iniciadas medidas que ajudam a restaurar as funções perdidas. “A reabilitação depende de cada paciente e pode ser necessária por tempo prolongado. O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar que engloba médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde”, diz o neurologista.

Hemodinâmica – Para auxiliar no tratamento de pacientes que sofreram AVC, o Hospital Esperança Olinda conta com o Centro de Hemodinâmica. O setor é acionado caso o paciente precise de uma desobstrução dos vasos cerebrais comprometidos, através do cateterismo cerebral. Os principais tratamentos realizados são a recanalização dos vasos, a dilatação das artérias e o exame angiográfico cerebral. Os aparelhos da Hemodinâmica são de última geração; as imagens radiográficas digitais em 3D têm excelente definição, o que confere rapidez ao tratamento.

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