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Procedimentos estéticos auxiliam a visão de pacientes‏



Procedimentos estéticos no entorno dos olhos já foram considerados supérfluos, algo ligado apenas à preocupação com a beleza. Mas esse tipo de cirurgia plástica tem ganhado um novo significado ao oferecer soluções diante de algum problema ligado à visão. Um exemplo é a blefaroplastia, que melhora a aparência das pálpebras superiores, inferiores ou de ambas, mas também auxilia na qualidade de vida do paciente. Ela é indicada sempre que as pálpebras apresentarem excessos tanto de pele como de gordura e músculo orbicular, o que pode ocasionar uma diminuição de acuidade visual. Funcionalmente, são muito comuns as queixas de cansaço à leitura, sensação de peso e até diminuição de campo visual superior. Quando o assunto é beleza e estética, outra grande aliada é a toxina botulínica tipo A, mais conhecida como botox. O que poucos sabem, entretanto, é que o primeiro trabalho utilizando esta toxina foi desenvolvido por um oftalmologista há mais de 30 anos, o americano Alan B. Scott, para tratar alguns tipos de estrabismo, sem que fosse preciso realizar intervenção cirúrgica. 

De lá pra cá, as indicações para o uso dessa substância ampliaram-se consideravelmente, passando a ser utilizada no tratamento de distonias e “tiques” faciais, enxaqueca, hiper-hidrose, entre outras. Com o êxito na solução de problemas oftalmológicos e neurológicos, começou-se a perceber que a toxina também causa uma espécie de efeito colateral positivo, pois nos pacientes submetidos a esse relaxamento muscular era perceptível uma suavização das rugas. A partir dessa descoberta, a substância começou a se popularizar pelo seu uso para fins estéticos. Entre as vantagens oferecidas pelo botox, está o fato de que ele ameniza as marcas de expressão de forma eficiente, rápida e segura, sem deixar cicatrizes nem provocar efeitos colaterais. A toxina botulínica, por causar o relaxamento temporário do músculo, faz com que as rugas fiquem mais rasas e discretas e, portanto, o rosto tenha uma aparência mais jovem. Os primeiros resultados da aplicação podem ser percebidos com 48 horas após o procedimento, havendo pico máximo por volta do sétimo dia. O efeito dura cerca de quatro meses, sendo necessário fazer nova aplicação. “Buscamos amenizar as rugas e não deixar a face sem expressão, com o olhar congelado. Isso é algo combatido pelos médicos que utilizam este produto no seu arsenal terapêutico”, explica o oftalmologista Dr. Rubem Lima, especialista em plástica ocular do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). 

É importante lembrar que o profissional habilitado deve ter o conhecimento completo da anatomia local para saber os pontos e as doses adequadas a cada paciente. Portanto, antes de pensar em suavizar as marcas de expressão, o paciente deve buscar orientação do oftalmologista. Já no caso do estrabismo, o tratamento varia bastante. O desalinhamento dos globos oculares pode ser detectado desde o nascimento. O médico indica o tratamento adequado para cada caso, que podem ser exercícios ortópticos, uso de óculos especiais, oclusores e, ainda, cirurgia ou aplicação da toxina botulínica, que reduz a forma muscular de um dos olhos, permitindo que ambos fiquem normalmente paralelos. O tratamento é contra-indicado para mulheres gestantes e em período de amamentação, pessoas com doenças autoimunes, fraqueza muscular, deformidade óssea, infecções e inflamações locais que tenham apresentado reação alérgica após exposição prévia ao produto.

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