Com Maurice Durozier, e a participação de Aline Borsari. O espetáculo “PALAVRA DE ATOR” é dividido em dois atos, e tem inicio a partir do momento que é servindo um Tchai para a plateia, um chá indiano com temperos, “para despertar os sentidos”, explica o ator. Maurice criou a obra a partir das perguntas de sua filha sobre teatro. “A ideia é sublinhar as contradições de quem representa e, longe de revelar o mistério, a montagem é um convite para entrar na intimidade do ator, do outro lado da cortina”, ressalta o diretor.
O texto revela sensações, interrogações e convicções que vêm do palco, frequentado por Durozier há mais de 30 anos.
Dentre alguns dos temas abordados no texto estão: ilusão e verdade, o nascimento de um ator, o teatro e a vida, o encenador, o teatro é sagrado, do outro e do eu. Os relatos são uma viagem pela vida paralela de um ator, pelos momentos de revelação ou de armadilhas. “Palavra de Ator” conta também a longa estrada da descoberta das leis do teatro. “Eu pensei muito nos jovens escrevendo esse texto”, confessa o dramaturgo e professor Maurice Durozier, que possui laços afetivos com o Brasil, desde a década de 80, quando passou um período no Ceará (CE).
Em Limoeiro, o espetáculo foi encenado no ultimo dia 04 de Abril, no Centro Cultural Ministro Marcos Vinícios Vilaça, em Limoeiro, é falado em português. O público que marcou presença pode se delicia com o belo texto e as belas nuanças apresentados por Durozier. E a Lionarte estava lá representada e no final do espetáculo tiraram aquela velha foto de recordação.
CONHEÇA MAIS SOBRE MAURICE DUROZIER E THÉÂTRE DU SOLEIL
Membro de uma das maiores e mais aclamadas companhias teatrais do mundo, o Théâtre du Soleil, Maurice Durozier nasceu em berço teatral e herdou o ofício.
Ele é a quinta geração de atores na família e há mais de 30 anos integra a companhia Du Soleil.
Participou dos espetáculos “Ricardo II”, “Noite de Reis” e “Henrique IV”, de William Shakespeare; “A história de Norodom Sihanouk”, de Hélène Cixous; “Os Atridas”, de Euripídes e Ésquilo; “Os efêmeros”; e “Os náufragos da Louca Esperança”, dentre outras montagens dirigidas por Ariane Mnouchkine.
Em atividade ininterrupta há 43 anos, o Théâtre du Soleil foi fundado em 1964 por Ariane Mnouchkine, junto com alguns colegas da Universidade de Sorbonne, como uma Sociedade Cooperativa Operária de Produção. Em 1970, a trupe se instala no Bosque de Vincennes, na Cartoucherie, antiga fábrica de munição do exército francês, nos arredores de Paris. Desde então, o Théâtre Du Soleil se transformou em uma das maiores companhias da França e do mundo.
Por Luiz Pereira Neto
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