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No centenário de Lula, Paulinho também brilha






Hoje quero falar de um "cabra da peste" que toca a sanfona que foi do Rei do Baião como ninguém. Estou falando do forrozeiro e sanfoneiro Paulinho do Acordeon que já tem uma vasta jornada de apresentações por todo Pernambuco e Brasil a fora. Assim como Luis Gonzaga Paulinho do Acordeon vem divulgando e mostrando nossa cultura e a musicalidade nordestina tal como discípulo do "velho Lula". Ele toca desde os seus treze anos por este Brasil de meu Deus e já tem vários CDs gravados, em todos eles a marca registrada de um homem que sonha e sempre vai sonhar alto

Sanfoneiro que acompanhou Luis Gonzaga nos anos 80, herdou de seu mestre um dos mais significantes símbolos: a sanfona branca TODESCHINI, que tem a seguinte frase grafada nela: É DO POVO. L.G. Para quem não sabe há apenas duas sanfonas iguais a essa; uma encontra-se do museu em homenagem ao Rei do Baião na cidade de Exu, já a outra, encontra-se nas mãos de Paulinho do Acordeon que recebeu do mestre com muita honra. Esta que foi com certeza uma das maiores companheiras do velho Rei do Baião, agora também é companheira de Paulinho. Nascido na cidade de Recife viveu em Limoeiro boa parte de sua vida, depois mudou-se para a cidade de Carpina, hoje seu trabalho é reconhecido nacionalmente e ainda eleva o nome destas duas cidades que lhe acolhem para onde ele vá.

Cantou com cantores renomados como Dominguinhos, outro súdito de Luiz Gonzaga e também Elba Ramalho que no auge de Luiz Gonzaga fazia parceria que sempre rendia boas músicas. Este ano no centenário de Luiz Gonzaga muitas cidades vão render homenagens a ele e bem que nossa querida Limoeiro poderia homenagear o rei do Baião com uma figura viva de nossa terra. Nada mais justo que Paulinho do Acordeon ser o homenageado do São João 2012 de nossa cidade, afinal ele conheceu de perto a trajetória de sucesso de um mito nordestino que até hoje e cultuado por bandas de forró.
Como estamos no ano do centenário de “seu Luiz” como considera respeitosamente o próprio Paulinho do Acordeon, quem deveria ser homenageado era o rei do baião e seus súditos. Assim como manda a tradição, o forró tem que ser coladinho e com fole da sanfona branca roncando para que a poeira suba em um gostoso arrastapé. Quem andou e tocou com o Rei do Baião, pode ficar na certeza que teve uma das melhores escolas de música do mundo: a vida. Luis Gonzaga tocava e gostava também que tocassem para ele e para agradar o Mestre Lula tinha que ser bom e isso Paulinho tira de letra. Foi tão tal que muitas vezes ao mestre Lula se dedicava só a cantar e quem puxava o fole era seus leias súditos e como bom súdito Paulinho obedecia seu mestre. É por isso que hoje Paulinho faz sucesso por onde passa, seguiu a risca os ensinamentos de “seu Luiz”. O que ele leva de mais importante de tudo isso é a amizade que construiu ao longo do tempo e verdadeira humildade herdada de seu mestre e isso o torna um discípulo qualificado a levar adiante a música da raiz nordestina por todo este "Brasilzão". .

Limoeiro deve se orgulhar desse filho que se orgulha de sua terra de infância cheia de coisas boas e lembranças eternas. 

Capa do Mais novo trabalho de  Paulinho do Acordeon que tem uma canção em homenagem ao Rei do Baião.


Texto por Márcio Wanderley/ Correções Silvana Ney

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