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Fabricação de petecas beneficia crianças e ajuda a cuidar do meio ambiente


A produção conta com a ajuda de voluntários e ocorre no Galpão das Artes, o maior espaço cultural de Limoeiro, no Agreste

Da Redação do pe360graus.com

Brinquedo antigo, a peteca foi resgatada do passado. Em Limoeiro, no Agreste pernambucano, a fabricação desse brinquedo ajuda a cuidar do meio ambiente, gera renda e também é motivo de alegria para crianças.

A fabricação de petecas é a novidade que tem concentrado todos os esforços no Galpão das Artes, um velho armazém de algodão que ganhou novas cores e se transformou no maior espaço cultural de Limoeiro, uma espécie de fábrica da fantasia. O espaço mantido por artistas da cidade tem exposições permanentes de artesanato e um teatro com programação o ano inteiro. Há 10 anos, esta é a trincheira de resistência dos atores locais.

“Eu acredito que qualquer grupo, tanto da capital ou do interior do Estado, gostaria de ter um espaço como esse para seus trabalhos e suas produções. E a gente vem mantendo essa casa com recursos próprios e também de outras pessoas que nos querem bem na cidade”, conta o ator Charlon Cabral .

Os voluntários do Galpão das Artes se dedicam a levar um pouco de sonho e diversão às crianças da cidade que mais precisam. “São crianças que não têm a oportunidade devido às dificuldades das famílias. Nós fazemos todas as vivências possíveis com elas”, explica o ator Jadenilson Gomes.

Duas artesãs foram convocadas para ajudar na produção de petecas. As irmãs Edna e Josefa Alves já conheciam o brinquedo popular na infância. É que o pai delas, um agricultor, fazia as petecas com palha de milho, o que faz o trabalho ser movido à saudade. “Juntava eu e minhas duas irmãs no terreiro da casa, que era largo e espaçoso, e começavam as três a brincar: uma jogava para a outra”, lembra a artesã Josefa Alves.

Outro orgulho das artesãs é que o brinquedo é ecológico. Os retalhos de couro e a malha usada pra encher as petecas escaparam do lixo. O couro vem da fábrica de sapatos da empresária Carmem Lapenda, que tem o maior prazer em colaborar com o projeto e o meio ambiente. “Ia tudo para o lixo, eu não sabia como aproveitar. Desse cômodo, surgiu a ideia de procurar o pessoal para que fosse dado um destino a esse material”, diz a empresária.

Depois de muito trabalho para fazer as petecas, a maior recompensa vem na hora de distribuir os brinquedos. O material reciclado ganha o incrível poder de encantar, de despertar a alegria nas crianças tanto que a distribuição é uma festa.

As crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) foram as primeiras a ganhar o brinquedo e ficaram eufóricas. A criançada mal podia esperar, afinal a peteca era uma novidade para elas.

O grupo que tirou o antigo brinquedo do baú das lembranças promete que não vai mais parar. “Eu acho que esse grande sonho de tornar o mundo melhor tem que ser de maneira lúdica. É por conta das crianças que a gente acredita que tudo vai ser possível porque a magia do teatro está associada ao brincar”, diz o coordenador do Galpão das Artes, Fábio André.

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