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Juros bancários atingem maior patamar desde abril de 2007, diz BC

EDUARDO CUCOLO

da Folha Online, em Brasília

Os juros cobrados pelos bancos subiram nas principais modalidades de crédito para pessoa física no mês de junho. Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central divulgada nesta terça-feira, houve alta nas taxas do cheque especial, empréstimo pessoal e aquisições de veículos.

Na média, os juros passaram de 47,4% para 49,1% ao ano, a maior taxa desde abril de 2007. No final do ano passado, a taxa ao consumidor chegou a cair para 33,8% ao ano, mas voltou a subir em 2008, atingindo o pico no mês de junho.

No cheque especial, a taxa passou de 157,1% para 159,1% ao ano entre maio e junho. A maior taxa registrada até hoje no cheque especial foi verificada em julho de 1994 (294% ao ano).

No empréstimo pessoal, a taxa subiu de 48,4% para 51,4% ao ano. Na aquisição de veículos, passou de 30,6% para 31,1% ao ano.

Parte desse movimento se deve ao aumento da taxa básica de juros, que começou o ano em 11,25% e chegou a 13% ao ano na semana passada. Outra parte se deve ao spread bancário (a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes).

Do aumento de 1,7 ponto percentual nos juros para pessoa física no mês, 1,2 ponto percentual se refere ao spread e 0,5 ponto ao aumento dos juros.

A alta dos juros também foi influenciada pelas novas regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) instituídas neste ano para compensar o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Em relação à inadimplência (superior a 90 dias) para pessoa física, a taxa caiu 0,4 ponto percentual, para 7%.

Empresas

Os juros das empresas apresentaram queda no mês de junho, de 26,9% ao ano para 26,6%. A taxa geral (pessoa física + jurídica) passou de 37,6% para 38% ao ano.

Houve redução também do spread bancário para pessoa jurídica, de 0,6 ponto percentual, para 13,9 pontos. O spread geral (considerando também o crédito pessoa física) ficou estável em 24,5 pontos percentuais.

A inadimplência ficou praticamente estável, a 1,7%.

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