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Mentalidade empreendedora pode andar de mãos dadas com a ciência do cuidado



É o que garantem os gestores da FIC Garanhuns e FIC Técnico, Humberto Rochimim e Georges Freire, enfermeiros por formação e educadores por vocação, que viram nas dores da rotina de trabalho uma oportunidade para empreender

A mentalidade empreendedora pode andar de mãos dadas com diversas áreas do conhecimento, inclusive com a ciência do cuidado. É o que garantem os enfermeiros por formação e educadores empreendedores por vocação, Humberto Rochimim e Georges Freire. Para eles, a máxima de que é preciso entender o problema como uma oportunidade de solução os levou a criar um curso técnico de Enfermagem que deu origem ao FIC Técnico (com unidades atualmente em Garanhuns, no Agreste, e em Arcoverde, no Sertão) e à Faculdade Integrada CETE – FIC Garanhuns. 

Os dois, então professores de curso técnico no Sertão de Pernambuco, viram nas dores da rotina de trabalho uma oportunidade para criar a estrutura e formato do curso que desejavam para os alunos. “Entendemos a real necessidade da classe e demanda do mercado de trabalho e temos paixão por fazer esta entrega”, destaca Georges Freire, diretor financeiro do FIC Técnico e da FIC Garanhuns. 

Como na época de formação de Humberto e Georges não existia a disciplina de empreendedorismo, os dois entenderam a importância de criar o curso da FIC Garanhuns já com a inserção da disciplina, algo inovador para a época. “Empreendemos apanhando, nossa formação foi na prática, sem muita teoria; com erros e acertos, caindo e levantando”, detalha Georges Freire.

Já Humberto Rochimim, diretor acadêmico das instituições de ensino, acrescenta que, também por isso, é difícil encontrar enfermeiros empreendedores. “A enfermagem empreendedora fez com que entendêssemos o empreendedorismo para ampliar os horizontes da profissão, trazendo novas possibilidades para a realização do enfermeiro. É um caminho que se tem para melhorar as possibilidades”. 

A primeira barreira para se empreender, no ponto de vista de Humberto Rochimim é, de fato, a falta de conhecimento. “As instituições de ensino de uma forma geral, pouco tempo atrás, não olhavam para o ensino do empreendedorismo. Acredito que há cinco ou seis anos passou a existir um movimento de acrescentar ao processo de formação dos alunos esta disciplina. A formação é, de fato, para sermos enfermeiros assistencialistas, até porque a enfermagem é o cuidado. Por isso o ensinar a empreender não é tão valorizado dentro da profissão”. 

Formação – O diretor acadêmico da FIC acrescenta que um diferencial da FIC Garanhuns é não só a oferta de uma disciplina de empreendedorismo, mas a criação de um HUB para se discutir a temática. “Oferecer disciplina é algo que todas as instituições fazem, mas criar um espaço para se discutir empreendedorismo, por exemplo, é algo que pode romper com a dificuldade da falta de conhecimento. No final das contas, todas as vezes que se encontra uma dificuldade, principalmente financeira, fica-se pensando o que se pode fazer para melhorar a situação. Então fica mais evidente o lado empreendedor, que todo mundo tem, mas não trabalha. A falta de informação, desse olhar dentro do processo formativo do aluno, talvez, seja a maior dificuldade que a enfermagem tem hoje, por isso buscamos solucionar”.  

Empreendedorismo e Inovação – O uso de tecnologias inovadoras também contribui positivamente para o processo de formação profissional do aluno, na opinião do educador. “A inovação para a enfermagem vem muito da necessidade que a área tem. Inovar é como encaramos as dificuldades da profissão, do exercício profissional, como é que as enfrentamos de uma forma diferente. E é essa inovação que buscamos no curso de Enfermagem da FIC, preparando o aluno não apenas para ser assistencialista dentro do hospital ou Unidade Básica de Saúde, mas que ele olhe para as dificuldades e enxergue uma oportunidade, novas possibilidades”.

O empreendedor acrescenta que, “independentemente de onde se esteja, se em um grande Centro, se em Garanhuns, se na cidade vizinha, de menor porte, a diferença precisa ser o olhar em cima da dificuldade, da diversidade, do problema. A grande sacada é: naquilo que as pessoas veem problema ou dificuldade, vejam como oportunidade”. 

Avanço – Como fruto da trajetória de sucesso à frente das unidades de ensino, os gestores da FIC Garanhuns selaram, no dia 30 de dezembro de 2024, uma sociedade com a Faculdade Nova Roma. A união visa transformar a educação superior em Pernambuco. O novo grupo gestor da Nova Roma tem o empresário Vicente Jorge Espíndola, como presidente do conselho societário, Georges Freire como vice-presidente, e Humberto Rochimin como diretor executivo. Uma união que fortalece, ainda mais, as duas marcas em Pernambuco, referências tanto na Região Metropolitana do Recife quanto no Agreste e Sertão do Estado. A conexão entre as faculdades reforça a missão de ambas na oferta de uma educação superior de excelência, nos diversos campos do saber, proporcionando aos estudantes a busca por uma formação qualificada, articulada aos benefícios do ensino e da extensão e empoderando-os a atingir seus objetivos educacionais e de carreira.


Imagem: Divulgação/ FIC

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