Especialista discute a raiz, os impactos e os métodos para lidar com essa condição psicológica
A Síndrome do Impostor é uma condição psicológica em que indivíduos competentes e bem-sucedidos têm dificuldade em internalizar suas realizações, vivendo com o medo constante de serem expostos como "fraudes", explica a psicóloga clínica Tatiane Paula. “As causas dessa síndrome são variadas e incluem fatores familiares e sociais, como crescer em ambientes onde o sucesso é altamente valorizado e o fracasso severamente criticado. Traços de personalidade, como perfeccionismo e alto neuroticismo, também contribuem, assim como experiências passadas que minaram a autoconfiança e reforçaram crenças de inadequação”, acrescenta. No âmbito profissional, a especialista indica que a Síndrome do Impostor pode levar à procrastinação, burnout e subdesempenho. “Pessoas afetadas frequentemente evitam tarefas por medo de falhar, trabalham excessivamente para compensar a sensação de inadequação e não se candidatam a promoções ou novos desafios devido à autossabotagem. No âmbito pessoal, a síndrome pode causar ansiedade, estresse, baixa autoestima e isolamento social”, declara Tatiane. Os sinais mais comuns incluem autocrítica excessiva, desvalorização das conquistas, medo de falhar, ansiedade, estresse e procrastinação. A longo prazo, Tatiane relata que a síndrome pode resultar em problemas sérios de saúde mental, como ansiedade crônica, depressão e esgotamento emocional, prejudicando a qualidade de vida e o desempenho em diversas áreas. “O tratamento pode envolver uma combinação de abordagens, como Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC), aconselhamento, grupos de apoio e práticas de autocuidado, incluindo meditação e mindfulness”. A psicóloga destaca a importância da terapia: “A terapia é uma ferramenta poderosa para superar obstáculos e fortalecer a resiliência. Lembre-se, pedir ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Com o suporte adequado, é possível transformar a maneira como nos vemos e alcançar uma vida mais equilibrada e satisfatória”. É fundamental reconhecer que a Síndrome do Impostor não é rara e pode afetar pessoas de todas as idades e ocupações. “Reconhecer os sinais e buscar ajuda é essencial para superar seus efeitos. Cultivar um ambiente que valorize o crescimento pessoal, reconheça as realizações individuais e promova o apoio mútuo pode fazer uma grande diferença na vida daqueles que enfrentam essa condição”, finaliza Tatiane. Fonte Tatiane Paula Psicóloga Clínica @tatianepaula.psi |
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