Em dose dupla no streaming, além de dar vida a Tomás na nova série, o ator também se prepara para contracenar com Xuxa e Angélica em “Tarã”, do Disney+, em 2024.
Com apenas 20 anos, Pedro Goifman já coleciona diversos trabalhos na arte. Ator, diretor e roteirista, ele se prepara para seu segundo trabalho com a HBOMax após “Coisa de Menino”. Desta vez, dará vida a Tomás, um dos protagonistas em “B.A.: O Futuro Está Morto”, uma adaptação dos quadrinhos “O Beijo Adolescente” de Rafael Coutinho. Além da série, que estreou em outubro no streaming, o ator também estará em outra produção super aguardada: “Tarã”, do Disney+, com ninguém menos que Xuxa e Angélica, com estreia prevista para 2024.
“Tomás me encantou desde a primeira leitura. Ele é sedutor, charmoso e está passando por um momento de crise, algo em comum com muitos jovens. A liberdade amorosa e sexual também é algo que temos em comum. Sobre ‘Tarã’, nunca imaginei que moraria no Acre por um mês com a Xuxa e seria filho da Angélica. Parece mentira! Estou muito feliz em lançar esses trabalhos lindos.”
Sem tabus para o streaming
“B.A.: O Futuro Está Morto” é uma adaptação das HQs “O Beijo Adolescente” de Rafael Coutinho, que acompanha um grupo de adolescentes se protegendo de um mal que ataca maiores de 18 anos, quando todos se tornam apáticos e sem cor.
Além de Goifman, estão no elenco Cris Vianna, Milhem Cortaz, Augusto Madeira, Karol Lannes, Sabrina Nonata, Betty Gofman, Benjamin Damini, Giulia Del Bel e Shaolin. “Durante os testes, li a história para me aproximar do personagem e me apaixonei completamente por esse universo”, afirma Pedro.
Entre os principais traços de Tomás, Pedro destaca diversos em comum. Um deles, a liberdade sexual e amorosa. “O personagem é pansexual, eu sou bi. Além disso, tenho um relacionamento aberto e, por mais que ele seja solteiro na série, é um tipo de relação que acho que ele gostaria”.
O ator também afirma que o papel fez parte de um processo de cura. “Apesar de todo o charme, ele está vivendo um momento de crise. É algo que relacionei com o que eu também vivo, assim como diversos outros jovens”.
Para quem é fã dos quadrinhos, pode gerar expectativas, porque Pedro conta que Tomás reserva surpresas e que alguns detalhes serão diferentes. Mas sem spoilers. “É um personagem que tenho muito carinho”.
Entre Xuxa e Angélica
Poucos detalhes de “Tarã” (Disney+) foram divulgados, mas é uma das grandes expectativas do streaming para 2024. A série se passa em um território fictício na Amazônia, onde acontecem conflitos que destacam a importância dos povos originários e da preservação do meio ambiente. Pedro interpreta Kauê, filho do vilão JM (Bruno Garcia) e Niara (Angélica). “Não posso contar muito, mas o Kauê tem uma relação forte com a moda e é um garoto muito sensível”, revela.
Pedro destaca a relação que desenvolveu com Angélica nesse período. “Minha relação com Angélica foi muito próxima, nos demos muito bem e criamos uma cumplicidade linda de mãe e filho. Continuamos nos falando mesmo depois das gravações, é muito carinho. As duas (Xuxa e Angélica) são gigantes, aprendi muito no set”.
Raízes na arte
Filho de cineastas, Pedro conta que sempre foi muito ao teatro, cinema e circo, e se apaixonou pelo circo ainda criança. “Me encantei pela palhaçaria e comecei a estudar arte circense com 4 ou 5 anos. Logo decidi ser ator e comecei a trabalhar. Me apaixonei e nunca mais parei”.
Desde então, o ator esteve em inúmeras séries, longas, curtas, campanhas publicitárias e peças teatrais. “Tenho um carinho imenso por cada trabalho, mas alguns são viradas de chave, como o curta ‘O Olho e o Zarolho’, por René Guerra e Juliana Vicente, que fiz com apenas 8 anos, quando entendi que seria ator e viveria disso, que era uma profissão possível e uma brincadeira divertida”.
Já com 13 anos, ele voltou a trabalhar com o mesmo diretor, René Guerra, no segundo longa de Pedro, “Guigo Offline”. Goifman também destaca “Califórnia”, seu primeiro longa por Marina Person.
Na direção, Pedro iniciou a carreira no curta “O Fabuloso Circo Caseiro”. Entre diversos outros trabalhos, também dirigiu uma websérie de terror em formato de stories que contou com grandes nomes como Jup do Bairro, Linn da Quebrada e Matheus Nachtergaele. Por fim, ele está prestes a estrear “Sim”, seu primeiro longa-metragem documental como diretor.
Inspirações e futuro
Entre seus sonhos de carreira, Pedro afirma: “Tenho o sonho clássico de contracenar com Fernanda Montenegro. E que ator não tem?”. Mas quando se fala em inspirações, o ator busca bem pertinho. “Minha avós, Berta - mãe do meu pai é uma pianista incrível que lutou contra a ditadura militar e Thereza, mãe da minha mãe, que cantava no circo desde os 5 anos e logo passou a ser empregada doméstica, mas com a mesma veia artística”.
Como diretor, o foco é finalizar o longa “Sim” e colocar em prática o curta “Adrenalina”, um curta-metragem ficcional que escreveu recentemente, e claro, continuar brilhando também em frente às câmeras. “Sempre pesquiso de maneira profunda e estou com muita vontade de mergulhar em novos personagens. Sonho em emprestar meu corpo para histórias cada vez mais diferentes e que me desafiem como ator”, conclui.
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