A AT&T, segunda maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos, anunciou na noite de domingo (18) que fechou um acordo para comprar o grupo de TV por assinatura DirecTV em uma transação de 49 bilhões de dólares, o equivalente a 108 bilhões de reais. No anúncio, a AT&T cita as operações da DirecTV na América Latina, onde é controladora da Sky Brasil, com participação de 93%, junto com as Organizações Globo. Faz só três meses que outra grande aquisição foi anunciada nos Estados Unidos envolvendo companhias de TV por assinatura. Em fevereiro, a Comcast e a Time Warner Cable se uniram para criar a maior empresa do mundo nessa categoria, com 30 milhões de assinantes, em uma transação de 45 bilhões de dólares. Mesmo com a união, AT&T e DirecTV ainda serão um pouquinho menores, com 26 milhões de clientes.
A AT&T, que tem a maior receita do mundo e anunciou a compra da Time Warner, terceiro maior conglomerado do mundo do ramo de entretenimento para TV, por US$ 85,4 bilhões e também comprou a DirecTV, que era a dona da Sky no Brasil gerou uma baita confusão ainda maior. O negócio pode comprometer toda a operação da Sky no Brasil. Isso porque a lei 12.485/2011 impede que uma controladora de telecomunicações também seja dona de uma produtora de conteúdo ou vice-versa, e vários canais pagos disponíveis no Brasil, como Warner Channel, Cartoon Network, Boomerang, HBO ou mesmo o Esporte Interativo fazem parte do conglomerado da Time Warner. Com isso, restariam duas opções para a AT&T: se desfazer da operação da Sky ou se desfazer dos canais pagos da Time Warner no Brasil. E é bem provável que a Sky seja vendida mesmo, uma vez que a especulação da venda ocorre desde quando a AT&T anunciou a compra da DirecTV.
Vale lembrar que o negócio entre AT&T e Time Warner não está 100% concretizado. Nos Estados Unidos, nem todo mundo está contente com a possível fusão. Donald Trump assumiu que impediria que a fusão acontecesse caso fosse eleito, enquanto os democratas de Hillary Clinton insinuam preocupações acerca do acordo. Vale lembrar que recentemente os dirigentes da AT&T não avançaram sobre os planos futuros no Brasil, mas avisaram que não tem intenção de vender a operadora de DTH, Sky, muito menos para a Telefônica Vivo. Neste empasse os executivos, a AT&T não parecem demonstrar muito apetite para ingressar na seara das consolidações ou entrar regulado mundo das concessionárias, mas também não quer deixar o que já tem. “Eles disseram com todas as letras que não vão vender a Sky para a Telefônica”, afirmou fonte que participou das reuniões. Com estas brigas e empasses, quem vai comprar a Sky? Isso é se ele for vendida.
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