Direção: Fábio André. Atores limoeirenses, do Ponto de Memória Galpão das Artes, interpretam a comédia de Ariano Suassuna, em temporada que comemora os 25 anos de teatro de Jadenilson Gomes (que vive o Benedito). Com participação especial do coquista Mano de Baé e do artesão Miro da Boneca, de Carpina. Galpão das Artes (Av. Severino Pinheiro, 319, Centro, Limoeiro). Sábado e domingo, às 20h. Ingressos: R$ 5. Até 16 de setembro. Informações: (81) 9684-0567
EM 06 DE MARÇO DE 2012
O
pontinho de cultura Galpão das Artes, de Limoeiro, levou dois prêmios no 1°
Festival de Teatro de Rua do Cabo de Santo Agostinho. Jadenilson Gomes foi
escolhido melhor ator do evento, além de fazer a melhor maquiagem. Outro ator
da companhia, Tarcísio Queiroz, arrebatou o troféu de melhor ator coadjuvante.
Eles fazem parte do elenco da comédia A incoveniência de ter coragem, que conta
com texto de Ariano Suassuna, e também recebeu indicações de prêmio para direção, espetáculo, atriz, cenário e
figurino.
EM 18 DE MAIO DE 2012
O
texto de Ariano Suassuna nesta comédia regional, por si só, já seria garantia
de boas risadas. Acrescente a A incoveniência de ter coragem um elenco afiado,
que já vem na estrada faz algum tempo, tendo cruzado um oceano para chegar a
Portugal e ido a festivais no Rio de Janeiro e no Amazonas, além de uma dose de
musicalidade. O espetáculo do Galpão das Artes, misto de companhia de artes e
espaço cultural, em Limoeiro, a 77 quilômetros do Recife, pode ser visto na
capital pernambucana em breve temporada no Teatro Arraial. As duas últimas
apresentações serão hoje e sábado, às 20h, com ingressos a R$ 10 (preço único).
A direção é do arte-educador Fábio André.
A
disputa pelo amor de Marieta (Kettuly Muniz) é acirrada entre o cabo Rosinha
(Tarcísio Queiroz) e o fazendeiro Vicentão Borrote (Charlon Cabral). Mas quem
rouba a cena mesmo é o ator Jadenilson Gomes, na pele do matreiro Benedito, de
cara pintada de preto, como no cavalo-marinho, personagem que tenta roubar a
atenção da mocinha, aumentando a peleja entre os dois outros pretendentes. Mal
sabia ele, no entanto, que seu principal concorrente, na verdade, era Pedro
(Lucas Rafael), um caminhoneiro e ex-paixão de Marieta.
Na
abertura e também acompanhando a trilha sonora, o coquista Mano de Baé, de
Tracunhaém, que também é artesão e coloca a plateia para segui-lo em coro nas
canções, no compasso do pandeiro. O mesmo recurso de interagir com o público é
muito bem utilizado por Benedito/Jadenilson, quando ele canta bregas para
conquistar a Marieta.
;A
incoveniência também existe em versão para a rua. No Arraial, porém, ganha com
o uso dos mamulengos no palco e com a intimidade com a plateia que o texto
exige. Tarcísio Queiroz faz uma dança impagável balançando a barriga saliente,
o que lhe rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no 18º Janeiro de Grandes
Espetáculos. Jadenilson, por sua vez, é experiente no palco, já participou de
grupos no Recife e possui um ótimo trabalho corporal, que o permite cantar,
dançar e conquistar o espectador com o jeito bem-humorado e a linguagem
nordestina de seu Benedito. “O espetáculo agrega a história de alguns dos
elementos pitorescos do cotidiano popular nordestino bastante explorados por
Ariano Suassuna”, defende Fábio André. Como sugestão, apenas, talvez alguma
adequação no figurino, mudando as perucas dos personagens, feitas de espuma
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