O que é e o que muda
A TV 3.0, oficialmente batizada de Digital Television+ (DTV+), representa a nova geração da televisão aberta no Brasil, combinando o modelo broadcast tradicional com funcionalidades digitais de ponta e interatividade.
Decreto presidencial e cronograma
- O sistema foi oficializado por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 27 de agosto de 2025.
- A previsão é que as primeiras transmissões com o novo padrão comecem em junho de 2026, a tempo da Copa do Mundo.
- A migração será gradual, começando pelas grandes capitais, e o processo completo pode levar até 15 anos para conclusão em todo o território nacional.
Melhorias técnicas e experiência do usuário
- Imagem: resoluções que vão até 8K, com suporte a 4K e melhorias no contraste e brilho.
- Áudio: som imersivo e multiplot, com possibilidade de até 10 canais de áudio.
- Interatividade: enquetes ao vivo, escolha de ângulo de câmera (como em jogos), compra direta via controle remoto (T-commerce), acesso a conteúdos extras on-demand.
- Publicidade segmentada: anúncios personalizados conforme o perfil do espectador.
Integração com internet e acessibilidade
- A TV continua aberta e gratuita — não é necessário internet para assistir à programação tradicional.
- No entanto, funcionalidades interativas exigirão conexão com a internet.
- Poderão ser acessados serviços públicos, como o Gov.br, e alertas de emergência poderão ser transmitidos via antena, sem depender da internet.
Acesso pela interface
- Os telespectadores verão os canais abertos em um catálogo de aplicativos, com ícones semelhantes aos de serviços de streaming.
- A tradição do “zapping” (troca rápida de canais) não será perdida: o modelo permite alternância ágil entre apps das emissoras.
- A retomada da visibilidade da TV aberta na primeira tela do receptor é vista como uma “reconquista” do espaço antes ocupado por apps de VOD.
Equipamentos e adaptação
- Não será necessário trocar imediatamente a TV: conversores ou soundbars conversores permitirão adaptar os aparelhos atuais ao padrão DTV+.
- Novas Smart TVs já devem vir com suporte embutido para DTV+.
Impactos para as emissoras
- As emissoras poderão monetizar com venda direta via TV, publicidade segmentada e conteúdo sob demanda integrado ao sinal aberto.
- A adoção do padrão ATSC 3.0 (TV 3.0) deve revitalizar o papel da TV aberta, oferecendo interatividade, personalização, e mantendo seu caráter público e gratuito.
- Também será criada uma Plataforma Comum de Comunicação Pública, favorecendo o acesso a canais educativos e governamentais, inclusive via internet quando disponível.
A TV 3.0 (DTV+) promete ser um marco na radiodifusão brasileira, oferecendo uma experiência televisiva muito mais dinâmica, interativa e conectada. As transmissões permanecerão gratuitas e acessíveis, mas com a inovação e os recursos do mundo digital, capazes de atrair e reengajar o público, além de abrir novas fontes de receita para emissoras tradicionais.
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