Você já parou pra pensar que, hoje em dia, quase ninguém mais compra o Windows? Pois é. Se você já teve um PC nos últimos anos, provavelmente atualizou para o Windows 10 ou 11 sem pagar nada. Mas como uma das maiores empresas de tecnologia do mundo simplesmente decidiu “dar” seu sistema operacional de graça?
Recentemente, Dave Plummer — um dos engenheiros veteranos da Microsoft e criador do famoso Gerenciador de Tarefas — explicou tudo isso em um vídeo que viralizou. E a lógica por trás dessa decisão é mais interessante (e lucrativa) do que parece.
Da venda do produto ao modelo de serviço
Durante décadas, a Microsoft faturou alto vendendo licenças do Windows. Mas isso mudou com a chegada do Windows 10, quando a empresa adotou o modelo de “Windows como serviço”. O que isso significa na prática? Que o sistema passou a ser atualizado constantemente e, o melhor, sem custo adicional para os usuários.
Essa virada de chave aconteceu em parte porque o Windows 8 não agradou. Muita gente não curtiu aquela interface cheia de blocos coloridos. E com concorrentes como o macOS e o Linux oferecendo atualizações gratuitas, a Microsoft percebeu que precisava mudar.
Foi aí que entrou em cena Satya Nadella, atual CEO da empresa, que liderou essa reestruturação e transformou o Windows em uma peça estratégica dentro de um ecossistema maior.
Mas então… se não vendem o Windows, como lucram?
Aqui vem o pulo do gato. Segundo Dave Plummer, o Windows gratuito é só a ponta do iceberg.
Ao oferecer o sistema sem custo, a Microsoft consegue:
- Unificar a base de usuários numa única versão (o que facilita o suporte, a segurança e o desenvolvimento);
- Amarrar o usuário ao ecossistema da Microsoft, como Office (agora Microsoft 365), OneDrive, Teams, Azure e até o Xbox;
- Reduzir custos operacionais com sistemas defasados e fragmentados;
- E o mais importante: monetizar os serviços oferecidos dentro do Windows, em vez de cobrar pelo sistema em si.
Em outras palavras, a Microsoft “perde” na venda da licença, mas ganha muito mais mantendo você no universo dela.
Windows como serviço: um caminho sem volta
O modelo atual não só beneficia a empresa, como também é melhor para nós, usuários. Afinal, quem não gosta de receber atualizações constantes, melhorias de segurança e novos recursos sem pagar por isso?
Claro, ainda existem versões pagas — como o Windows Pro ou licenças empresariais —, mas para o usuário comum, o sistema ficou praticamente gratuito.
O Windows gratuito não é um erro de cálculo. É uma estratégia bem pensada. Ao invés de vender o sistema uma única vez, a Microsoft decidiu investir em fidelização e criar um ambiente onde os usuários consumam outros produtos da empresa — e é aí que está o verdadeiro lucro.
No final das contas, o Windows é o "portão de entrada" para um ecossistema muito maior. E com bilhões de dispositivos rodando o sistema no mundo todo, a Microsoft sabe muito bem o que está fazendo.
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Foto: Xataka
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