A música brasileira perdeu nesta quinta-feira (1º) uma de suas vozes mais emblemáticas. Nana Caymmi morreu aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após mais de oito meses de internação na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul da cidade. A cantora foi hospitalizada para tratar uma arritmia cardíaca, condição que acabou por encerrar a trajetória de uma das maiores intérpretes da história da MPB.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, Nana construiu uma carreira sólida e respeitada, marcada por sua voz marcante e interpretação emotiva. Filha do lendário Dorival Caymmi, cresceu cercada por referências fundamentais da música nacional, e não demorou a seguir o caminho artístico com talento e personalidade próprios.
Ao longo de décadas de carreira, Nana percorreu diversos gêneros, transitando com naturalidade entre boleros, sambas, sambas-canção, bossa nova e a MPB. Seu repertório revelou ao público interpretações memoráveis de canções como “Resposta ao tempo”, “Beijo partido” e “Se queres saber”, que marcaram gerações e a consolidaram como uma intérprete de sensibilidade rara.
A partida de Nana deixa um vazio na música brasileira, mas seu legado permanece vivo. Com sua voz singular e sua entrega artística, ela se eterniza como uma das grandes damas da canção brasileira. A história da nossa música não pode ser contada sem Nana Caymmi.
Foto: Lívio Campos / Divulgação
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