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Celular ajuda ou atrapalha na sala de aula?


Estudioso no assunto, Daniel Becker fará palestra gratuita e aberta ao público dia 26, às 19h, no Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), na Imbiribeira


Que o celular já faz parte da rotina da população, independente da idade, isso é fato. E que ele auxilia em inúmeras situações do dia a dia, também não há nenhuma dúvida. Mas até que ponto esse aparelhinho presente na sala de aula ajuda ou atrapalha o processo de aprendizagem dos alunos? Até onde ele auxilia mesmo ou distrai e atrapalha a concentração e o ensino. As opiniões se dividem e estudiosos se debruçam sobre o tema para avaliar impactos e trazer nortes. 


Um dos defensores do não uso do celular nas escolas é o escritor, palestrante internacional, sanitarista e pediatra, Daniel Becker. Ele estará no Recife no próximo dia 26 para fazer uma palestra gratuita e aberta ao público sobre o tema. Será às 19h, no Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão.


Daniel foi um dos especialistas do grupo de trabalho intergovernamental, envolvendo sete ministérios, que criou o guia de uso de dispositivos digitais por crianças e adolescentes, material fundamental para esse público. Também foi um dos maiores incentivadores da lei federal, que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de educação básica do país. No encontro, ele vai falar sobre a questão das telas e os impactos na saúde física, mental, emocional e social. Também vai abordar uma série de recomendações para as famílias, educadores, sociedade em geral e ao Estado para ajudar jovens a fazerem uso adequado das telas. 


Impactos

Uma das preocupações dele são os impactos que essas novas tecnologias podem provocar. Principalmente a crianças e adolescentes, no processo de desenvolvimento da personalidade e a aprendizagem. Até porque dificilmente o cérebro funcionaria tão bem e com qualidade, estando com atenção voltada à aula e ao aparelho.


Sem falar de efeitos nocivos com o uso excessivo como dependência, mais ansiedade e depressão, prejuízos ao sono, redução na atenção, memória e no aprendizado. Para pais, professores e até no mundo corporativo ronda essa preocupação sobre como agir e quais medidas adotar. “Quando a gente fala de educação digital, a gente precisa primeiro contextualizar na nossa juventude, na juventude brasileira, o que ela está passando, o que está acontecendo no Brasil, com crianças, adolescentes, jovens, em diversas dimensões”, disse Daniel.


Só para se ter ideia, no mundo, o Brasil é um dos líderes em tempo de tela. Uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil mostra que 95% das pessoas entre 9 a 17 anos utilizam o aparelho. Estima-se uma média de uso de pelo menos nove horas diárias. Essa permanência constante e por longo tempo tem levado pessoas a reflexos mentais, sociais e físicos, sendo necessário, muitas vezes, de ajuda médica.


Lei

Para limitar o uso de celular de forma indiscriminada por crianças e adolescentes, uma lei federal chegou a ser sancionada em janeiro deste ano. A norma nº 15.100/2025 - proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas escolas públicas e privadas de educação básica de todo o país. A intenção é resguardar a saúde mental, física e psíquica desse público, no período de estudo e outros momentos favoráveis à socialização e não a limitação a telas. Um dos caminhos para minimizar os efeitos é a conscientização.


Colaborador do Unicef

Com mais de 1,7 milhões de seguidores no perfil @pediatriaintegralbr no Instagram, Daniel Becker dedica sua vida ao ativismo pela infância. Na página Pediatria Integral, no Facebook, é seguido por mais de 130 mil pessoas e no TikTok por mais de 127 mil. Ele fala em quatro idiomas sobre infância, uso de telas, saúde e sociedade, maternidade, paternidade e sustentabilidade.


Daniel é docente aposentado da UFRJ, foi colaborador do UNICEF e da OMS e atua como consultor de fundações e empresas. É membro do Comitê de Enfrentamento a Emergências em Saúde Pública da Prefeitura do Rio de Janeiro, dos GTs Infância Digital e Criança e Natureza da SBP e conselheiro do programa Criança e Consumo do Instituto Alana. Colunista do jornal O Globo, é referência da mídia para temas de saúde na infância e criação de filhos. 


Formado e com residência pela UFRJ e mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, Daniel Becker foi o primeiro médico brasileiro a trabalhar com os Médicos sem Fronteiras e um dos criadores da Estratégia Saúde da Família, o maior programa do SUS. Atuou por 20 anos em comunidades populares no Brasil e em diversos países com o CEDAPS, ONG que fundou e dirigiu.


Indicadores de avaliação

Indicadores de qualidade, recentemente divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), indicam o Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) como segundo centro universitário mais bem avaliado de Pernambuco, com um Índice Geral de Cursos (IGC) contínuo de 3,13. Esse resultado enquadra a instituição no conceito 4, em uma escala que vai até 5. Fazendo valer a conquista, a instituição prepara para 1 de junho o seu Vestibular Tradicional para ingresso no segundo semestre. A Strix Educação é banca examinadora responsável pelo processo seletivo.



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