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Ivan Seixas, lança livro Contos Guerrilheiros


Ivan Seixas, o jovem guerrilheiro do MRT – Movimento Revolucionário Tiradentes, conta as histórias da luta armada contra a ditadura militar em formato de contos. Todas as histórias contadas são verdadeiras e os personagens participantes também são reais. O livro conta as ações da guerrilha, que desafiaram a ditadura militar, a difícil vida em clandestinidade, e também as torturas e assassinatos de militantes ao serem capturados pela repressão militar. Alguns dos segredos desse período são revelados através do cotidiano de luta e ousadia de quem resistiu ao regime sangrento da ditadura militar.

O autor tinha apenas 15 anos quando começou a atuar na guerrilha urbana e conviveu com figuras históricas como o Capitão Carlos Lamarca, que morou em sua casa por cinco meses, Joaquim Câmara Ferreira, o lendário Comandante Toledo, que foi prisioneiro torturados por duas ditaduras, Inês Etienne Romeu, única sobrevivente das torturas da Casa da Morte de Petrópolis, entre outros.

Ele revela as ações armadas que fez e o que a resistência armada ousou fazer na luta desigual travada contra o “terrorismo de Estado”. Também revela alguns segredos da luta armada, que mostram que aquela experiência foi muito maior do que se conhece hoje.

Sobre Ivan Akselrud Seixas

Ivan tem hoje 70 anos e é um sobrevivente histórico da ditadura militar brasileira (1964- 1985).

Nascido no dia 19 de novembro de 1954, em Porto Alegre. Aos 15 anos de idade, mudou-se com sua família para a capital paulista. De origem humilde, cresceu em meio à reivindicação da classe trabalhadora, transformando a militância política e a ideologia comunista em fatores intrínsecos à sua existência. Seu pai, o operário Joaquim Alencar de Seixas, foi militante e um dos dirigentes do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT).

Aos 16 anos de idade, Ivan, que já prestava apoio às ações do MRT, foi preso ao lado de Joaquim, em 16 de abril de 1971. Pai e filho foram encaminhados ao DOI-Codi/SP, onde foram torturados juntos. Nesta mesma ocasião, também foram capturadas sua mãe e suas duas irmãs. Com toda a família presa no mesmo local, o momento da execução de Joaquim pode ser ouvida por seus familiares. Torturado e morto na sede do DOI-Codi/SP, Joaquim Alencar de Seixas, o pai, foi o primeiro preso político a ser enterrado no Cemitério de Perus, o maior esconderijo de corpos da ditadura civil-militar, tristemente conhecido pela vala clandestina onde foram reveladas, em 1990, 1500 ossadas.

Ao longo dos cinco anos em que esteve preso, Ivan passou por diversos aparatos prisionais. Além do DOI-Codi/SP, esteve no Deops/SP, Deops/RS, Presídio Tiradentes, Penitenciária do Estado, Presídio do Hipódromo e na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté. Por se tratar de um menor de idade, seu caso figurou em inúmeras denúncias no exterior que apontavam para as graves violações de direitos humanos e arbitrariedades jurídicas cometidas pela ditadura civil-militar brasileira. Atualmente, é membro do conselho consultivo do Núcleo de Preservação da Memória Política de São Paulo (NM).

O escritor é autor dos livros: Democracia, resistência e justiça de transição (2018) - Editora Nova Praxis Editorial e General Golbery e o entreguismo militar brasileiro (2022) - Editorial Editora CRV LTDA ME.

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