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Estruturas provisórias: uma ferramenta indispensável para os Jogos Olímpicos de 2024


Com data de início prevista para 26 de julho, a 33º edição dos Jogos Olímpicos terá a sustentabilidade como um dos seus pilares centrais . Considerado o evento mais “climate positive” da história da competição, os organizadores pretendem seguir as diretrizes do Acordo do Clima de Paris - tratado internacional adotado em 2015 - que abrange adaptação e financiamento para a redução da emissão dos gases de efeito estufa.

Para isso, o Comitê Olímpico priorizou uma série de iniciativas, a exemplo do uso de edifícios históricos, do maior trânsito de bicicletas como meio de locomoção e da instalação de paineis solares no Rio Sena. Dos locais que receberão o evento, 95% são edifícios antigos ou estruturas temporárias, incluindo uma piscina construída para as Olimpíadas de Paris de 1924.

Para Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa de overlays da América Latina, as estruturas provisórias têm ganhado cada vez mais espaço no mundo esportivo. “Eventos desse porte já buscam esse tipo de solução, além de inteligente, é extremamente sustentável já que garante a reutilização de quase todo material, além de reduzir o custo na construção e principalmente da manutenção após o evento. O grande desafio deste modelo de negócio é contar com empresas capazes de executar estes projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos”, explica.

Sinônimo de amor e um dos pontos turísticos mais buscados nas agências de viagem para lua de mel, a Torre Eiffel será palco da competição. Entram também os jardins do Trocadéro, o Champ-de-Mars, Esplanade des Invalides, Ponte Alexandre III, Place de la Concorde e o Hôtel de Ville, como os locais que irão receber as estruturas temporárias. Além dos Jogos Olímpicos, a cidade também receberá a Paralimpíada, entre os dias 28 de agosto a 8 de setembro, mantendo o mesmo propósito sustentável.

Para Vanessa Pires, especialista em ESG e fundadora da startup Brada: “As ações refletem uma tendência crescente de integração de valores ESG em estratégias de negócios. Essas iniciativas não apenas aumentam a conscientização sobre questões importantes, mas também demonstram o compromisso com a inovação e a responsabilidade corporativa, fortalecendo a reputação e conexão com os consumidores”, afirma.

A capacidade de montar e desmontar estruturas em pouco tempo permite uma logística mais rápida, minimizando interrupções e garantindo que os eventos ocorram conforme o estipulado: “A modernização da construção civil permite o equilíbrio entre ambientes urbanos com as necessidades da população. Por meio das estruturas móveis existe a garantia de que não serão criadas áreas e arenas que deixarão de ser utilizadas na cidade após os eventos, os chamados ‘elefantes brancos’”.

A especialista conclui dizendo que sustentabilidade e tecnologia equilibram o uso de construções antigas às necessidades ambientais da atualidade: “As estruturas móveis podem ser utilizadas em centros de imprensa, alojamentos e arenas de esportes que sejam menos praticados no país-sede da competição, por exemplo. As evoluções tecnológicas mescladas com sustentabilidade são o futuro do ramo, sendo necessárias para equilibrar os ambientes modernos em que vivemos, em conjunto com as necessidades sustentáveis atuais”.

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