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Especialista enfatiza sobre os riscos relacionados às pedras na vesícula

 
O cirurgião Sérvio Fidney alerta que o problema pode não apresentar sintomas e ser descoberto em exames de rotina

Dor intensa do lado direito superior do abdômen ou nas costas pode ser um sinal de cálculo biliar, mais conhecido como pedra na vesícula. Um desequilíbrio entre colesterol e os sais biliares presentes na vesícula biliar pode ser o culpado pela formação de cristais, também conhecidos como cálculos ou pedras. Estes, por sua vez, causam inflamação e podem trazer, além do desconforto, vários riscos ao paciente. Muitas vezes, os cálculos na vesícula não causam nenhum sintoma e, em outros casos, pode haver predominância de sintomas leves sendo facilmente confundidos com gases ou má-digestão, retardando a procura por um especialista, o que gera um diagnóstico tardio. Estes cálculos podem ser facilmente descobertos após exames de ultrassom de rotina.

“A vesícula é um órgão localizado logo abaixo do fígado, na região superior direita do nosso abdômen e é responsável pelo armazenamento e lançamento da bile, um líquido formado por sais biliares e colesterol que é importante para digestão de gorduras. Quando há um desequilíbrio na produção desses componentes acontece a formação dos cálculos biliares que podem, além de causar inflamação, prejudicar ou bloquear o fluxo da bile para o intestino. Essa obstrução é o que causa a cólica biliar, dor na porção superior direita do abdômen que, geralmente, aparece após as refeições e pode vir acompanhada de náuseas e vômitos”, explica o cirurgião geral Sérvio Fidney.

 Alguns fatores podem alterar o funcionamento da bile e influenciar na formação dos cálculos biliares, como dieta rica em gorduras, carboidratos e pobre em fibras; vida sedentária, perda ou ganhos rápidos de peso; diabetes; obesidade; fumo; uso prolongado de anticoncepcionais; predisposição genética e elevação do nível de estrogênio.

 Para tratar o problema, o paciente pode precisar se submeter à cirurgia de retirada da vesícula, a colecistectomia. “Em alguns casos, mesmo que o paciente não apresente quadros de dor, é importante realizar a cirurgia para evitar algumas complicações como a migração do cálculo para os canais do fígado, causando coledocolitíase e pancreatite, e até mesmo há a relação dos cálculos com o câncer de vesícula. A cirurgia pode ser realizada de modo convencional, em que é feito um corte no abdômen do paciente, ou pelo método laparoscópico. Nessa técnica mais moderna e já amplamente utilizada, o cirurgião realiza quatro pequenos furos no abdômen por onde são introduzidos os instrumentos e uma câmera, possibilitando a remoção da vesícula de forma minimamente invasiva, o que causa menos dor e acelera a recuperação. Vale ressaltar que é possível viver normalmente sem a vesícula biliar, pois a bile irá fluir diretamente do fígado para o intestino, fazendo a digestão de gorduras”, explica o cirurgião geral Sérvio Fidney. 

Sérvio Fidney é médico cirurgião formado pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista em cirurgia bariátrica, cirurgia geral, do aparelho digestivo e cirurgia videolaparoscópica. Possui mestrado em cirurgia e residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas - UFPE. É membro da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica desde 2015 e preceptor da residência médica em Cirurgia desde 2011. É chefe do serviço de Cirurgia Geral e Bariátrica do Hospital Agamenon Magalhães (SUS-PE) e cirurgião da equipe do Real Hospital Português e do Hospital Memorial São José.

Instagram: @drserviofidney

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